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Lançado mecanismo de verificação Ad-Hoc na RDC

Ministro das Relações Exteriores, Téte António (ao centro)
Ministro das Relações Exteriores, Téte António (ao centro) Imagens: CIPRA

Redacção

Publicado às 13h11 06/11/2024 - Actualizado às 13h11 06/11/2024

Luanda – O ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, procedeu, esta terça-feira, em Goma (Kivu-Norte), na República Democrática do Congo, ao lançamento oficial do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado, cujo mandato é a busca de uma solução pacífica e duradoura do conflito que há vários anos assola a região.

Os ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Francofonia da República Democrática do Congo, Thérèse Kayikwamba Wagner, e dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional do Rwanda. Olivier Nduhungirehe, participaram na cerimónia.

O Mecanismo, liderado por Angola, na qualidade de facilitador, tem uma composição tripartida, integrando um total de 24 peritos, dos quais 18 de nacionalidade angolana, três da RDC e igual número do Rwanda.

A missão do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado tem um carácter fundamental, na medida em que as suas actividades deverão contribuir para o reforço da criação de um clima de confiança entre a RDC e o Rwanda, particularmente entre as comunidades fronteiriças, indica um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de angola.

Como tarefa prioritária, o Mecanismo de Verificação Ad-hoc Reforçado deve instalar a totalidade dos seus membros, o mais rapidamente possível, para que se torne operacional e seja capaz de cumprir o seu mandato, com particular destaque para a urgente monitorização da observância do cessar-fogo.

Outra prioridade é a supervisão da implementação do Plano Harmonizado de Neutralização das FDLR e do Desengajamento das Forças/Levantamento das Medidas defensivas do Rwanda, que deverá ser considerado na reunião ministerial prevista para 16 do corrente mês, em Luanda, Angola.

Assistiram a cerimónia, os directores dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar de Angola, general João Pereira Massano, e dos Serviços de Inteligência Externa, Matias Bertino Matondo, o director África, Medio Oriente e Organizações Regionais do MIREX, Jorge Cardoso, assim como o chefe do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado, tenente-general Nassone João, de nacionalidade angolana.

Os ministros dos três países visitaram, esta terça-feira, em Goma, província do Kivu-Norte, na República Democrática do Congo, a sede do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado (MVA-R), criado para fortalecer os esforços de pacificação da região leste da RDC e promover a estabilidade e segurança através de um monitoramento rigoroso e integrado.

Na ocasião, o chefe do Mecanismo, tenente-general Nassone João, destacou a importância do papel de Angola como mediador do processo, tendo salientado que a missão está preparada está preparada para monitorar a implementação das directrizes do Conceito de Operações (CONOPS), com o objectivo de assegurar o cumprimento das medidas de segurança acordadas.

O Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado conta com o apoio da ONU e da SADC, através da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) e da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral na RDC (SAMIRDC), o que reforça as expectativas de que o mecanismo desempenhe um papel fundamental na construção de uma paz duradoura na região.

Durante a sua estada na RDC, Téte António visitou, em Goma, a sede da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), tendo mantido encontro com Bintou Keita, representante especial do Secretário-Geral da ONU na RDC e chefe da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO).

A MONUSCO é uma das missões de manutenção de paz da ONU, em vigor na RDC, criada pelo Conselho de Segurança para acompanhar o processo de paz, com muito do seu foco voltado para o conflito na província do Kivu Norte.

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