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João Lourenço preocupado com "desafios complexos" dos conflitos armados em África

Mapa de África
Mapa de África Imagens: DR

Redacção

Publicado às 14h04 31/01/2025

Luanda – O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, manifestou, esta sexta-feira, em Luanda, a sua grande preocupação, pelo facto de o continente africano continuar a deparar-se com desafios complexos, decorrentes dos conflitos armados que afectam seriamente as relações entre alguns Estados.

Numa mensagem dirigida aos cidadãos africanos, por ocasião do Dia da Paz e Reconciliação em África, se assinala esta sexta-feira (31), João Lourenço lamentou que, volvidas seis décadas desde o advento da auto-determinação dos povos africanos, constate que os conflitos armados “condicionam, em grande medida, o esforço do desenvolvimento e do bem-estar dos Povos de África”.

Dirigindo-se às “irmãs e irmãos africanos”, o estadista angolano apelou a que se faça uma reflexão sobre o caminho percorrido, os percalços ultrapassados e os desafios que se continua a enfrentar, para que “nos concentremos num amplo e genuíno esforço, a ser empreendido por cada africano”, para, com as forças vivas das nações e com os líderes que as conduzem, construir o caminho que conduza à paz, estabilidade e segurança.

Sublinhou ser “com muita tristeza”, que observa uma perigosa tendência para se colocar de lado os valores da irmandade e da solidariedade africana agindo contra os próprios interesses de África e dos seus povos, criando factores de instabilidade e de insegurança, “por se descurar a força e a importância do diálogo e das soluções diplomáticas, como a única via aceitável para dissipar tensões e evitar guerras que geram e agravam a pobreza, associada à enorme massa de deslocados e refugiados que daí derivam.

“Os maus exemplos desta conduta reprovável em África não valorizam homens e mulheres que estão na sua origem, pelo contrário, coloca-os nas páginas menos gloriosas da história de África, como os promotores de tragédias humanas a todos os títulos condenáveis”, enfatizou o Presidente angolano, que falava na qualidade de Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África.

Exortou as lideranças a trabalharem, em prol da paz e da reconciliação no continente africano, com especial destaque para o Leste da República Democrática do Congo, Sudão e região do Sahel, bem como em outras zonas em conflito, “privilegiando o diálogo, como a melhor via para a resolução das divergências”.

Recordou que a África com a qual se sonha e se ambiciona, economicamente forte e socialmente estável, que supere o analfabetismo, fome e miséria, que garanta emprego e bem-estar para os seus filhos, “só poderá ser alcançada com um calar das armas capaz de impulsionar uma paz e reconciliação genuína e perene”.

Solicitou o comprometimento de todos africanos, especialmente de jovens e mulheres, na materialização da paz e reconciliação, colocando todos os recursos materiais, intelectuais e espirituais a favor do processo, visando o desenvolvimento económico e social do continente.

“Os Pais Fundadores do nacionalismo africano lutaram e sonharam com uma África unida, desenvolvida e próspera, após a conquista das independências nacionais”, concluiu João Lourenço.

O dia 31 de Janeiro foi instituído como Dia da Paz e Reconciliação em África, pela Declaração da décima sexta sessão extraordinária da Assembleia da União Africana, realizada em Malabo (Guiné Equatorial), a 28 de Maio de 2022.

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