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Defesa de alegados terroristas propõe acordo e acusação pede 15 anos de prisão

Tribunal Provincial do Huambo em sessão de julgamento
Tribunal Provincial do Huambo em sessão de julgamento Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 12h33 11/03/2025

Huambo - A defesa dos seis cidadãos angolanos acusados de prepararem atentados terroristas durante a visita do antigo Presidente americano Joe Biden a Angola, em 2024, pediu um acordo com a justiça, no início do julgamento, a decorrer no Tribunal Provincial do Huambo, desde esta segunda-feira.

Depois das formalidades preliminares, o Ministério Público pediu uma pena de até 15 anos de prisão para os réus pelos crimes de associação terrorista, posse de substâncias tóxicas e de explosivos e falsificação de documentos.

Avelino Sandália Kapessa, representante do Ministério Público, afirmou que há muitos elementos que sustentam a acusação, indica um despacho noticioso da Voz da América.

"Só decidiram abortar o processo pelo forte aparato de segurança da cidade alta, não tinham nenhum ponto de recuo e os materiais que usavam serem obsoletos", disse o procurador.

Por seu lado, a defesa dos réus, liderada por Oliveira Nasso, do gabinete de advogados de David Mendes, solicitou ao tribunal a possibilidade de um acordo com a justiça, em troca de benefícios legais.

"Sobre o acordo de delação premiada, estamos a aguardar tranquilos e serenos o desfecho desse julgamento", disse o advogado Oliveira Nasso.

A acusação sustenta que o plano do grupo foi elaborado para ser executado em Outubro de 2024, quando estava inicialmente agendada a visita de Joe Biden a Angola.

O grupo, composto por seis angolanos e liderado por um cidadão que se auto-denomina presidente do movimento revolucionário "Furoa", pretendia realizar explosões em várias alvos, incluindo a refinaria de Luanda, o Palácio Presidencial, a Assembleia Nacional, a Embaixada dos Estados Unidos, o Hotel Intercontinental, a sub-estação eléctrica do Huambo, a sede da SIC e os reservatórios de combustível da Sonangol.

O juiz Evaristo Samala não anunciou as novas audiências do julgamento, nem estimou o tempo que deverá estender-se.

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