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Conversações entre Governo da RDC e M23 iniciam a 18 deste mês em Luanda

M23 trava intensos combates com as tropas de auto-defesa da RDC
M23 trava intensos combates com as tropas de auto-defesa da RDC Imagens: DR

Redacção

Publicado às 09h56 13/03/2025

Luanda - As conversações entre o Governo da República Democrática do Congo (RDC) e o grupo armado M23, apoiado pelo Rwanda, terão início, em Luanda, a 18 do corrente mês. soube-se esta quarta-feira.

 

“Na sequência dos passos dados pela mediação angolana (...) as delegações da República Democrática do Congo e do M23 iniciarão conversações directas de paz, a 18 de Março, na cidade de Luanda”, revelou, em comunicado, a presidência angolana, segundo a Voz da América (VOA).

As anteriores rondas de conversações de paz mediadas por Angola não conseguiram travar os combates entre o exército congolês e o M23, numa região volátil da RDC marcada por lutas internas entre vários grupos armados.

Terça-feira última, as autoridades angolanas adiantaram que as duas partes tinham concordado em sentar-se à mesa das negociações, depois de o Presidente congolês Felix Tshisekedi ter discutido o conflito com o seu homólogo João Lourenço, durante a sua visita de algumas horas a Luanda.

Félix Tshisekedi tinha-se recusado anteriormente a dialogar com o M23, que levou a cabo uma ofensiva relâmpago no Leste da RDC com o apoio do Rwanda.

No mês passado, o M23 tinha afirmado que queria “diálogo” para resolver o conflito.

Desde Janeiro último, o M23 apoderou-se de cidades chave como Goma e Bukavu e, desde então, pretende governar, a longo prazo, as regiões sob o seu controlo.

As acções do M23 já provocaram mais de sete mortos, desde o início de 2025, segundo as autoridades da RDC, informação não confirmada, por fontes independentes, pela agência AFP.

Por seu lado, as autoridades do Rwanda negam ter prestado assistência militar ao M23, enquanto um relatório de peritos da ONU concluiu que aquele país da África Oriental mantém cerca de quatro mil soldados no Leste da RDC, em apoio ao grupo armado.

De acordo com o relatório, o Rwanda também mantém um controlo de facto sobre o grupo armado, a fim de explorar os ricos filões de minerais valiosos do Leste da RDC, como o ouro e o coltan.

Para justificar o seu apoio ao M23, o Rwanda referiu a presença no Leste da RDC de militantes da FDLR, um grupo fundado por líderes hutus envolvidos no genocídio dos tutsis no Rwanda, em 1994.

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