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Angola e Moçambique identificam áreas prioritárias para aprofundarem cooperação

Membros das delegações de Angola e de Moçambique que se reuniram em Luanda
Membros das delegações de Angola e de Moçambique que se reuniram em Luanda Imagens: MIREX

Redacção

Publicado às 09h22 16/05/2025

Luanda - Delegações governamentais de Angola e Moçambique passaram em revista o estado actual da cooperação bilateral e identificaram áreas prioritárias para o aprofundamento das relações, com destaque para os sectores da economia, comércio, indústria, agricultura, saúde, cultura, turismo, transportes e logística, finanças, recursos minerais, tecnologia e tesouro.

Realizada, esta quinta-feira, em Luanda, no quadro da preparação da visita oficial a Angola do Presidente de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, a reunião foi orientada ministros das Relações Exteriores angolano, Téte António, e dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana, Maria Manuela dos Santos Lucas.

Na ocasião, a Chefe da diplomacia moçambicana manifestou o desejo do seu país em intensificar a execução dos instrumentos jurídicos assinados entre os dois Estados, e agradeceu o apoio prestado por Angola na luta contra o terrorismo, em Moçambique, indica uma nota de imprensa do Ministério angolano das Relações Exteriores.

As partes manifestaram a pretensão de reforçar as relações político-diplomáticas e económicas, tendo perspectivado a assinatura de novos instrumentos jurídicos, durante a visita do Chefe de Estado moçambicano, com vista a impulsionar a cooperação em sectores-chave do desenvolvimento.

Por sua vez, Téte António reiterou a solidariedade do Presidente angolano, João Lourenço, para com o povo moçambicano, sobretudo no contexto da luta contra o terrorismo, e realçou a importância da cooperação entre os dois países no seio da União Africana, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e em outras organizações regionais.

Questões ligadas aos sectores do planeamento, indústria e comércio, finanças, turismo, transportes, recursos minerais, petróleo e gás também mereceram atenção durante o encontro, onde ministros e secretários de Estados trocaram impressões sobre os temas, no âmbito do fortalecimento da cooperação entre os dois Estados.

Foi defendido um apoio mútuo no domínio do turismo, enquanto na área do planeamento, Angola e Moçambique manifestaram intenção de promover intercâmbio técnico entre os institutos nacionais de estatística de ambos os países.

Maria Manuela dos Santos Lucas reiterou a importância do fortalecimento da comunicação entre a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX) e a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações de Moçambique (APIEX), com vista a dinamizar o investimento privado e as exportações.

O Corredor do Lobito foi igualmente objecto de análise, tendo sido reconhecido como um eixo fundamental para o reforço da conectividade regional e o escoamento de mercadorias.

Realçaram o papel do Comité Técnico Conjunto Angola-Moçambique, encarregue de acompanhar e operacionalizar os instrumentos jurídicos bilaterais rubricados, e sublinharam a necessidade de se garantir um seguimento sistemático dos compromissos assumidos.

Téte António reafirmou o interesse de Angola em contar com a participação de Moçambique na décima sétima edição da Cimeira de Negócios EUA–África, a realizar-se de 22 a 25 de Junho do corrente ano, em Luanda.

Participaram na reunião, pela delegação angolana, Víctor Hugo Guilherme, ministro do Planeamento; Rui Miguêns de Oliveira, da Indústria e Comércio, e Márcio Daniel, do Turismo, assim como Domingos Vieira Lopes, secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Juciene de Sousa, para o Orçamento, José Alexandre Barroso, para o Petróleo e Gás, e Rui Carreira, para os Sectores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário.

As relações bilaterais entre Angola e Moçambique têm como marco a assinatura do Acordo Geral de Cooperação Económica, Científica, Técnica e Cultural, a 5 de Setembro de 1978, altura em que foi criada a Comissão de Cooperação Bilateral entre os dois países.

Actualmente, os dois Estados contam com 38 instrumentos jurídicos assinados nos mais diversos domínios, com destaque para os sectores da mineração, pescas, petróleo e gás.

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