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Angola candidata-se a membro observador da CEDEAO

Embaixador de Angola na Nigéria, José Bamoquina Zau, (dir.) na cerimónia da CEDEAO
Embaixador de Angola na Nigéria, José Bamoquina Zau, (dir.) na cerimónia da CEDEAO Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 11h35 29/05/2025

Luanda - A República de Angola é candidata a membro observador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e a admissão poderá ocorrer na próxima cimeira ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da organização, a realizar-se em Julho próximo, em Lomé (Togo).

A candidatura de Angola, segundo uma nota de imprensa da Embaixada de Angola na Nigéria, visa assegurar um maior alinhamento político-diplomático entre o país e as organizações regionais SADC e CEDEAO nos desafios de segurança, integração regional e livre comércio.

O embaixador de Angola na Nigéria, José Bamóquina Zau, representou, esta quarta-feira, em Lagos, Angola no jubileu das celebrações dos 50 anos de fundação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

As comemorações ocorreram num momento crucial para a região, afectada pelos desafios da refundação da organização regional, depois da saída de três membros da Comunidade, designadamente Mali, Burkina Faso e Níger, que decidiram criar a Confederação dos Estados do Sahel.

Outro desafio em abordagem prende-se com a revisão dos ideais dos pais fundadores da organização, com a renovação do mandato previsto para Julho próximo, em Lomé (Togo), durante a sexagésima sétima sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.

O Presidente da Nigéria e exercício da CEDEAO, Bola Ahmed Tinubu, presidiu as celebrações do jubileu, sob o lema “50 Anos de força, resiliência e poder, tendo lançado as estratégias de escala regional que visam combater as mudanças inconstitucionais, terrorismo e insurgência, assim como promover a integração regional e a constituição de um comando de forças armadas de resposta rápida.

 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental nasceu do Tratado de Lagos, de 28 de Maio de 1975, para promover o comércio, cooperação política, desenvolvimento e integração regional, integrando actualmente o Benin, Cabo Verde, Cote D'Ivoire, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

Burkina Faso, Mali e Níger abandonaram a organização e fundaram a Confederação dos Estados do Sahel, na sequência das mudanças militares inconstitucionais, situação que fragilizou a CEDEAO.

Nas celebrações desta quarta-feira, para além dos discursos do Presidente em exercício, Bola Ahmed Tinubu, e do Presidente da Comissão, Omar Allieu Touray, também falou o Pai Fundador sobrevivo da CEDEAO, General Yakubu Gowon, que foi o terceiro Chefe de Estado da Nigéria (1966-1975), com 91 anos de idade, e que apontou a paz, segurança e consolidação democrática como principais pilares da construção da CEDEAO.

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