POLíTICA
Vice-Presidente reafirma papel de Angola na promoção da Agenda 2030

17/05/2025 12h48
Luanda- A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, reafirmou este sábado, em Luanda, o papel de Angola no fortalecimento do multilateralismo e na promoção da Agenda 2030, numa altura em que continua a busca pela concretização dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da Agenda 2063 da União Africana (UA).
Ao intervir na abertura da reunião anual da secretária-geral adjunta das Nações Unidas, Amina Mohammed, com os coordenadores residentes da ONU em África, frisou que o encontro decorre num contexto mundial desafiante, de tensões e conflitos, além dos assinaláveis eventos climáticos extremos que agravam as migrações forçadas e causam desafios geopolíticos que não devem, de modo algum, ser ignorados.
Amina Mohammed afirmou também que a paz continua a ser um pré-requisito inegociável para qualquer agenda de desenvolvimento.
Lembrou que quando Angola assumiu a presidência rotativa da União Africana identificou, como prioridades, a paz, integração regional e a promoção de um desenvolvimento económico inclusivo e sustentável.
"Este mandato, representa também, um apelo à acção coordenada, tanto entre os Estados africanos, como entre as instituições multilaterais que nos acompanham neste percurso" disse.
Segundo a Vice-Presidente, a presidência de Angola na UA está a ser orientada por uma abordagem assente no desenvolvimento económico, prevenção, mediação e resolução pacífica de conflitos.
Esperança da Costa disse que África enfrenta actualmente um grande desafio, nomeadamente o de dar uma resposta comum e eficaz aos conflitos armados que persistem em várias regiões do Sudão e Sudão do Sul, passando pelo Sahel, até à região dos Grandes Lagos.
Defendeu que estes conflitos minam os alicerces do desenvolvimento, deslocam milhões de pessoas e testam os limites da acção humanitária e diplomática.
De acordo com a governante, Angola enquanto país que já atravessou décadas de guerra civil, conhece o valor incalculável da paz e da reconciliação, sublinhado que coloca essa experiência ao serviço do continente, através de iniciativas diplomáticas.
Por outro lado, a responsável salientou que a República de Angola é um Estado Democrático e de Direito, um país que alcançou a paz em 2002 e comemora 50 anos de Independência Nacional, no próximo dia 11 de Novembro.
Explicou que essas conquistas foram alcançadas com a colaboração das Nações Unidas e contribuição dos países amigos, com destaque para os africanos.