Luanda - Uma mensagem verbal do Chefe de Estado, João Lourenço, para o Presidente de Transição do Burkina Faso, Ibrahim Traoré, foi transmitida, terça-feira, em Ouagadougou, pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.

 Segundo uma nota de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, a missiva de João Lourenço foi entregue na qualidade de Presidente da União Africana e exprime a solidariedade para com o povo burkinabe, assim como evoca os esforços para a pacificação, reconciliação nacional e estabilidade política no continente.

Durante a audiência, Téte António disse ao Presidente de Transição do Burkina Faso que a sua missão a este país da África Ocidental transcreve-se no âmbito da Presidência da União Africana focada na partilha de experiência de Angola no reforço da construção da paz e do desenvolvimento económico de África.

O momento serviu ainda para as duas personalidades debruçarem-se sobre questões inerentes a instabilidade provocada pelos grupos jihadistas e terroristas e do impacto de insegurança nos países do Sahel.

Ibrahim Traoré agradeceu, também, a iniciativa do estadista João Lourenço, que é igualmente o Presidente da União Africana pelo contacto de auscultação dos problemas que afligem a região de Sahel e em particular do Burkina Faso.

Ministro das Relações Exteriores esteve no Mali

Ainda na terça-feira, o ministro Téte António deslocou-se a Bamako, onde foi recebido pelo Presidente de Transição do Mali, Assimi Goita, a quem transmitiu uma mensagem de paz, diálogo franco e aberto para ultrapassar os desafios que se impõe, e desta forma dar lugar ao caminho do desenvolvimento económico e social do país.

Durante a audiência foi também evocada a questão do Sahel, uma região que enfrenta uma combinação crítica de problemas interligados que ameaçam a estabilidade de vários países africanos.

O Sahel é uma zona de transição ecológica e política entre o norte árido do Sahara e as savanas mais férteis ao sul, abrangendo países como Burkina Faso, Mali, Níger, Tchad e Mauritânia, entre outros.

Embora não seja um país do Sahel, Angola tem manifestado preocupação com a situação na região, especialmente no contexto da União Africana e do Conselho de Paz e Segurança.