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Presidente da República informado sobre estratégia de marketing para os diamantes naturais

Presidente da República recebeu ministros africanos do sector dos Recursos Minerais
Presidente da República recebeu ministros africanos do sector dos Recursos Minerais Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 12h09 19/06/2025

Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, foi informado, esta quarta-feira, sobre a estratégia de marketing e educação consumista para os diamantes naturais dos principais países produtores do continente africano.

Em declarações à imprensa, depois de uma audiência com o estadista angolano, a ministra dos Recursos Minerais e Energia do Botswana, Bogolo Joy Kenewendo, disse que o encontro serviu para informar todo o processo de valorização dos diamantes naturais.

Assistiram a audiência os ministros do sector mineiro do Botswana, República Democrática do Congo, África do Sul, Namíbia e Angola, participantes da mesa-redonda ministerial sobre diamantes naturais, que culminou com a assinatura da “Declaração de Luanda”, definindo a estratégia para revitalizar o preço dos diamantes naturais face aos artificiais.

Bogolo Joy Kenewendo afirmou que a “Declaração de Luanda” estabelece a forma como os países produtores de diamantes em África vão colaborar para o marketing e educação consumista, em relação ao mineral natural, considerando a estratégia importante, porque até agora era levada a cabo apenas pela de Beers, multinacional sul-africana ligada aos diamantes.

Reconheceu ter sido a primeira vez que os países africanos decidiram ter “uma única voz” e “uma abordagem unida”, em torno da redinamização do preço dos diamantes naturais.

“Queremos garantir que a nossa estratégia de marketing seja bem criada e financiada, porque o investimento em marketing deve se relacionar com o que os consumidores percebem sobre o produto e, portanto, se relacionar com os lucros que geramos e o impacto que podemos criar”, enfatizou.

Sobre a “Declaração de Luanda”, sublinhou que visa estabelecer formas de como os países envolvidos podem trabalhar em conjunto, assim como estabelece uma visão comum, com informações precisas, sobre o perfil dos consumidores de modo a gerar mais receitas para o bem-estar das populações.

Por seu lado, o ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, defendeu maior cooperação e alinhamento das estratégias dos países africanos para reanimar o preço global dos diamantes naturais no mercado internacional.

Ao discursar na abertura da mesa-redonda ministerial sobre diamantes naturais, apontou a necessidade de se lançar campanhas globais unificadas que posicionem os diamantes naturais como força activa para o bem, cooperação regional e desenvolvimento equitativo dos recursos minerais.

Sublinhou ser fundamental harmonizar políticas regionais, criando mercados mais justos e promovendo prosperidade partilhada no continente africano, que é responsável por mais de 65 por cento da produção mundial de diamantes em bruto, sendo Angola, Botswana, África do Sul, Namíbia, RDC e Serra Leoa os que se destacam no comércio mundial.

Realçou que, em Angola, os diamantes têm contribuído para a reconstrução nacional, financiando escolas, hospitais, estradas e sistemas de abastecimento de água, com o país a investir na valorização, rastreabilidade, transparência e boa governação.

A mesa-redonda ministerial sobre diamantes naturais, realizada quarta-feira, reuniu ministros responsáveis pelo sector dos Recursos Minerais do Botswana, Namíbia, África do Sul, Serra Leoa, Angola e República Democrática do Congo.

O evento permitiu reflectir em torno dos desafios que a indústria enfrenta actualmente, através de acções em todo sector e reforçar a promoção do valor inerente e do impacto positivo dos diamantes naturais.
Teve também como objectivo inspirar uma nova geração de consumidores globais de diamantes naturais, a fim de ajudar a garantir o seu impacto positivo contínuo nas nações e comunidades produtoras nas próximas décadas.

Angola torna-se membro do Conselho Mundial dos Diamantes Naturais

Angola tornou-se, a partir desta quarta-feira, membro do Conselho Mundial dos Diamantes Naturais, uma organização internacional que se dedica à promoção e protecção do precioso mineral.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, confirmou o facto, no quadro da realização, em Luanda, da mesa-redonda ministerial sob o lema "Diamantes naturais: Desafios e oportunidades", envolvendo os principais países produtores de diamantes em África.

Reconheceu que a integração do país no conselho constitui um passo significativo para a salvaguarda dos diamantes naturais de Angola, tendo em conta a expansão dos diamantes artificiais no mercado mundial.

Revelou que Angola vai estar representada na organização pelas empresas públicas SODIAM e ENDIAMA, que terão a missão de defender os interesses do país no domínio dos diamantes.

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