Luanda - O Alto-Comissário das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, recebeu, na última segunda-feira, em audiência, a representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas em Genebra, Suíça, Ana Maria de Oliveira.

 De acordo com uma nota de imprensa, durante o encontro, as duas entidades abordaram a cooperação existente entre o ACNUR e Angola depois da independência, a redução e encerramento de escritórios em todo o mundo devido à escassez de fundos.

Os diplomatas acordaram que África ficará com dois escritórios regionais, dos quais um em Nairobi (Quénia) e outro em Dakar (Senegal). Angola irá reportar para Dakar pelas razões acima referidas.

O Alto Comissário do ACNUR disse, também, que alguns refugiados originários da Libéria e do Rwanda, que estão em solo angolano desde 2015, permanecem sem documentos de residência, por isso solicita uma especial atenção para o facto.

Por sua vez, a diplomata angolana agradeceu o apoio que o ACNUR canaliza para Angola no quadro da protecção e assistência às pessoas refugiadas.

Dados disponíveis indicam que Angola continua a ser um país de acolhimento, garantindo protecção a mais de 52 mil cidadãos estrangeiros de diferentes nacionalidades, permitindo-lhes o acesso a todos os serviços básicos e primários, em pé de igualdade com os cidadãos nacionais.

A Agência da ONU para Refugiados é uma organização internacional dedicada a proteger e assistir pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio e apátridas em todo o mundo.

O ACNUR trabalha para garantir que todos tenham o direito de buscar refúgio e encontrar segurança, tendo fugido de violência, perseguição ou guerra.

A organização também se esforça para encontrar soluções duradouras para os deslocados, como o retorno voluntário ao país de origem, a integração na comunidade de acolhimento ou o reassentamento em um terceiro país.