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Presidente da República solicita reforço do compromisso com a vacinação infantil

Presidente da República, João Lourenço, discursa na Cimeira da Aliança Global de Vacinas (GAVI)
Presidente da República, João Lourenço, discursa na Cimeira da Aliança Global de Vacinas (GAVI) Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 10h26 26/06/2025

Luanda - O Presidente da República e da União Africana, João Lourenço, solicitou, esta quarta-feira, em Bruxelas (Bélgica) o reforço do compromisso global com a imunização vacinal infantil, pelo facto de as vacinas serem uma ferramenta eficaz para salvar vidas e garantir o futuro das próximas gerações.

Ao discursar na Cimeira de Alto Nível da Aliança Global de Vacinas (GAVI), João Lourenço destacou a importância da solidariedade no acesso equitativo às vacinas, sublinhando que se está num momento crítico, em que o mundo deve decidir se está à altura da sua responsabilidade de salvar vidas e proteger o futuro das crianças.

Reiterou que, mesmo em tempos de incerteza, provocado por guerras, crises económicas, pandemias e ameaças sanitárias, as vacinas continuam a ser uma das soluções mais simples e poderosas para proteger e prolongar a vida humana.

Defendeu que a imunização não é apenas uma prioridade de saúde pública, mas uma questão de justiça social, desenvolvimento humano e crescimento económico sustentável, recordando que as vacinas previnem doenças que outrora dizimaram populações e protegem as crianças, desde os seus primeiros dias de vida.

"Uma criança vacinada tem mais chances de crescer saudável, estudar, sonhar e contribuir para o desenvolvimento da sua nação", enfatizou, salientando que “as vacinas representam esperança, direito à saúde, direito à infância e direito ao futuro”.

Sublinhou que as vacinas são ferramentas poderosas de justiça social e de desenvolvimento económico dos países, manifestando-se ciente de que cada criança vacinada é um passo mais rumo a sociedades mais saudáveis, produtivas e prósperas.

"Populações protegidas pelas vacinas são mais resilientes, mais capazes de enfrentar crises sanitárias, mais aptas a contribuir para o progresso colectivo”, adiantou João Lourenço, enfatizando que, como africanos, “estamos unidos na firme convicção de que a imunização é um pilar central das nossas aspirações de desenvolvimento".

De acordo com João Lourenço, nos últimos 25 anos, a GAVI tem sido um parceiro estratégico de confiança e símbolo de solidariedade internacional, especialmente para mais de 25 países africanos de baixo rendimento.

Destacou ainda o esforço da organização para tornar o seu modelo de apoio mais inclusivo, abrangendo também países de rendimento médio com soluções de financiamento inovadoras.

João Lourenço revelou que, entre 2021 e 2025, a GAVI canalizou mais de cinco mil milhões de dólares para África, dos quais mais de 700 milhões foram aplicados apenas em 2023.

No caso de Angola, João Lourenço disse que o impacto tem sido transformador, pois o país beneficiou de vacinas contra a pneumonia e diarreias virais e prepara-se para introduzir a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) e contra a malária, principal causa de morte no país.

Destacou ainda avanços significativos na resposta a surtos epidémicos, como a Covid-19, sarampo, cólera e poliomielite, bem como o reforço da infra-estrutura de saúde com a instalação de cadeias de frio alimentadas a energia solar, o que permite ampliar a cobertura vacinal em áreas remotas.

O estadista angolano reafirmou o compromisso de Angola e da União Africana com a imunização, como pilar central das aspirações de desenvolvimento do continente, tendo reconhecido que “investir em vacinas é investir no futuro das nossas sociedades”.

A Cimeira da GAVI, co-organizada pela União Europeia e pela Fundação Bill e Melinda Gates, reuniu Chefes de Estado, líderes de organizações internacionais, doadores e representantes da sociedade civil, visando mobilizar financiamento para o próximo ciclo estratégico da Aliança Global de Vacinas 2026-2030, que visa imunizar mais 500 milhões de crianças.

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