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Carolina Cerqueira defende uso da inteligência artificial para modernização dos parlamentos

Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, fala sobre Inteligência Artificial
Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, fala sobre Inteligência Artificial Imagens: Site AN

Redacção

Publicado às 14h19 02/07/2025

Luanda - A Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, considerou, esta terça-feira, em Luanda, a inteligência artificial como um instrumento poderoso para a modernização dos processos e procedimentos parlamentares.

Carolina Cerqueira, que falava no workshop sobre "os desafios e oportunidades do uso da inteligência artificial nos parlamentos", reconheceu haver riscos associados ao uso da ferramenta, "caso não seja acautelada a sua adequada utilização", sublinhou.

Alertou para a dupla dimensão da implementação da inteligência artificial, por promover o progresso, por um lado, mas, por outro, causar ameaças as medidas tradicionais de segurança.

A Presidente da Assembleia Nacional considerou crucial que a implementação da inteligência artificial nos parlamentos seja feita de forma ética e responsável, com atenção a segurança e a governança dos dados, garantindo a protecção da privacidade e evitando o uso inadequado das tecnologias.

Neste contexto, salientou a necessidade de aprovação de um quadro jurídico regulador do uso das tecnologias de informação e de comunicação, que inclua a inteligência artificial, recordando que o novo Código Penal, aprovado pela Assembleia Nacional, há três anos, já contempla a cibercriminalidade e a respectiva moldura penal.

Adiantou ser necessário continuar a adaptar e a expandir legislação adaptada a volatilidade e dinâmica da sociedade de informação, enfatizando que o parlamento deve fiscalizar as políticas públicas no sector das novas tecnologias de informação e comunicação, tendo em conta a necessidade de protecção dos interesses nacionais e do uso ético da inteligência artificial.

Admitiu que a inteligência artificial oferece um potencial de oportunidades para fortalecer a actuação dos parlamentos, de modo a torná-los mais transparentes, eficazes e acessíveis aos cidadãos, através da melhoria na eficiência administrativa e automação de processos legislativos e gestão documental.

Sublinhou ainda a análise preditiva de políticas públicas, que permite simular impactos de leis antes da sua aprovação, a aproximação com o cidadão, por meio de assistentes virtuais, plataformas participativas e sistemas inteligentes de audição parlamentar, bem como o apoio técnico a elaboração de leis, com base em análise de grandes volumes de dados (big data) e jurisprudência comparada.

Defendeu que cabe aos parlamentos fazer com que a inteligência artificial seja posta ao serviço do bem comum, da justiça social, inclusão social e da democracia.

O workshop, organizado pela Academia Parlamentar, enquadrou-se no programa de actividades dos 50 anos da Independência Nacional de Angola, a assinalar-se a 11 de Novembro do corrente ano.

O evento, que juntou deputados, especialistas, funcionários parlamentares e sociedade civil, contou com palestrantes nacionais e internacionais, entre os quais, André Mpumba Pedro, director-geral do Instituto Nacional de Fomento da sociedade de Informação, o jornalista e docente universitário português, Henrique Cymerman, e a israelita Nirit Ofir, especialista em cibersegurança, fundadora da organização Educação para a Paz.

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