Política

Política


PUBLICIDADE

Angola reafirma compromisso de liderar União Africana com sabedoria partilhada

Ministro das Relações Exteriores preside reunião do conselho Executivo da UA
Ministro das Relações Exteriores preside reunião do conselho Executivo da UA Imagens: MIREX

Redacção

Publicado às 08h38 11/07/2025

Luanda - O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reiterou, esta quinta-feira, em Malabo (Guiné-Equatorial), o compromisso do seu país em liderar a União Africana (UA) com sabedoria partilhada, atento a todas as vozes e em honra dos princípios fundamentais da organização continental.

Ao discursar na abertura da quadragésima sétima sessão ordinária do Conselho Executivo da União Africana, recordou que são princípios fundamentais da organização continental a unidade, soberania, paz, desenvolvimento sustentável, justiça social e dignidade africana.

Téte António sublinhou que Angola assumiu com responsabilidade, postura conciliadora, espírito de cooperação e rigor a presidência rotativa da União Africana, em Fevereiro do corrente ano, tendo agradecido a confiança depositada em Angola, pelos Estados membros.

O chefe da diplomacia angolana considerou o Conselho Executivo um pilar técnico e político da arquitectura institucional da União Africana, estando Angola a cumprir o seu mandato com profunda responsabilidade.

Adiantou que o Conselho Executivo é o guardião do cumprimento das decisões da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo e catalisador da integração continental, em harmonia com o Acto Constitutivo da União Africana, bem como acompanha a implementação das políticas e decisões estratégicas.

Salientou que o Conselho tem por tarefa garantir a coerência entre os órgãos da organização e fazer acontecer as aspirações da sua Agenda 2063, mais conhecida por “África que Queremos”, que se devem traduzir em acções concretas para o bem-estar dos povos.

Neste sentido, convidou os representantes dos Estados-membros a darem o seu saber, experiência nacional e regional e disponibilidade para o consenso construtivo, partilha que dá suporte a força da organização.

Augurou que a organização seja guiada por uma diplomacia de princípios, gestão pública de resultados e um espírito africano de responsabilidade solidária.

Durante dois dias, o Conselho Executivo debruça-se sobre temas de elevado alcance estratégico, requerendo visão, precisão técnica e coragem política, para o presente e o futuro da União Africana, com destaque para as actividades dos comités dos Representantes Permanentes da organização, Ministerial sobre a Escala de Avaliação e dos Quinze Ministros das Finanças, conhecido por F15.

Em análise estão igualmente o trabalho do Comité Ministerial de Acompanhamento da Implementação da Agenda 2063 e as candidaturas africanas no Sistema Internacional, para reafirmar o compromisso comum de uma África mais representada, respeitada e influente nos foros multilaterais globais, além do processo de eleição e nomeação de dois comissários da Comissão da União Africana e outros membros dos órgãos da organização continental.

Segundo o ministro, os desafios da ratificação/adesão e implementação dos tratados da Organização da Unidade Africana/União Africana convidam a reflectir sobre a própria responsabilidade de ratificar e implementar os instrumentos jurídicos aprovados, “sob pena de comprometer a unidade normativa e a coerência da nossa integração”, rematou.

Estão igualmente em análise os projectos dos documentos de trabalho da sétima reunião de coordenação semestral entre a União Africana, as Comunidades Económicas Regionais e os Mecanismos Regionais, nomeadamente a agenda, programa e declaração, instrumentos que visam reforçar a articulação entre os diferentes níveis da integração continental, regional e sub-regional.

PUBLICIDADE