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Ministro Téte António participou na reunião do Conselho de Paz e Segurança da UA

Ministro das Relações Exteriores, Téte António
Ministro das Relações Exteriores, Téte António Imagens: MIREX

Redacção

Publicado às 17h40 24/07/2025 - Actualizado às 17h40 24/07/2025

Luanda - O ministro das Relações Exteriores, Téte António, participou esta quinta-feira, na 1291ª Reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, em representação do Presidente pro tempere da União Africana, João Lourenço.

Uma nota do MIREX indica que o evento, que decorreu por videoconferência, dedicou-se à análise da situação política e de segurança no Estado da Líbia, um tema recorrente na agenda da União Africana devido à instabilidade prolongada no país desde a queda do Presidente Muammar Kadhafi em 2011.

Ao tomar a palavra, em nome do estadista angolano, Téte António felicitou o Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, pela ascensão desse país à Presidência do Conselho de Paz e Segurança da União Africana para o mês de Julho de 2025.

Agradeceu igualmente a Mohammed Younis Bashir Al Mnefi, Presidente do Conselho Presidencial do Estado da Líbia, e Denis Sassou N’Guesso, Chefe de Estado do Congo e Presidente do Comité de Alto-Nível da União Africana sobre a Líbia, pelas suas respectivas intervenções, que uma vez mais vêm relançar a complexidade da situação de instabilidade existente na Líbia, que se prolonga por tempo demasiado longo.

A ocasião serviu também para o titular da pasta da diplomacia angolana congratular-se pelas informações pertinentes apresentadas por Mohmoud Ali Youssouf, Presidente da Comissão da União Africana, e Hanna Tetteh, Representante Especial do Secretário Geral da ONU e Chefe da Missão de Apoio das Nações Unidas para a Líbia (UNSMIL).

De acordo com o ministro Téte António, desde a queda do regime de Mouammar Kadhafi, em 2011, a Líbia tem estado profundamente fragmentada entre o Governo de União Nacional (GNU), sediado em Tripoli, e o Governo de Estabilidade Nacional (GNS), baseado em Benghazi, uma divisão agravada por lutas internas pelo poder e por interesses externos divergentes.

Perante esta situação de profunda instabilidade, que apresenta claros sinais de recrudescimento, Angola defende a adopção de medidas para a resolução do conflito pela via da negociação pacífica, condenando todas as tentativas de ingerência e interferência externa, que considera serem posições contrárias aos interesses do povo líbio e fundamentais do continente africano.

A República de Angola reitera o apelo a uma acção internacional colectiva e coordenada de apoio à Líbia e congratula-se com o importante trabalho realizado pela Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia, a UNSMIL, sob a liderança de Hanna Tetteh, a quem convida a prosseguir os seus esforços para consolidar cada vez mais a sua colaboração com o Bureau da União Africana para esta área.

Por outro lado, apelou a todos os Estados-Membros da UA para que se reforce a fé e o compromisso nos mecanismos continentais de que se dispõe, com vista a contribuir de forma muito activa para a resolução da situação de crise neste país irmão.

 

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