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João Lourenço destaca contributo dos empresários portugueses

Presidente João Lourenço e o Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, dirigem-se aos empresários
Presidente João Lourenço e o Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, dirigem-se aos empresários Imagens: CIPRA

Redacção

Publicado às 11h06 26/07/2025 - Actualizado às 11h06 26/07/2025

Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, disse, esta sexta-feira, em Lisboa (Portugal), que os empresários portugueses, ao longo dos anos, contribuíram para o sucesso dos 50 anos de Independência de Angola, marcaram presença nos momentos difíceis e bons e acreditaram no país e na economia.

Ao discursar num encontro com empresários angolanos e portugueses, na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Lourenço disse acreditar que a aposta dos empresários por Angola é ainda maior, porque “trabalhamos no sentido de melhorar o ambiente de negócios em Angola”.

Reconheceu que hoje existe mais transparência, procura-se eliminar todos os factores negativos que jogavam a desfavor do investimento privado estrangeiro, incluindo a corrupção, adiantando que “não é que ela já não exista, não é isso que quero dizer, mas tratamos de garantir que ali onde houver corrupção e for conhecida, ela não ficará impune”.

Revelou que se mudou a legislação e as práticas, apelando a um esforço que deve ser feito por angolanos e investidores estrangeiros para melhorar todos os dias o ambiente de negócios.

Recordou que Angola isentou ou facilitou a concessão de vistos a quase 100 países do mundo, como sinal de que o país quer atrair investimento privado, tendo considerado que o sector privado da economia deve ser o motor do desenvolvimento da economia.

Exortou os empresários portugueses a ajudar e consolidar a ocupação do espaço que foi usurpado pelo sector público, para que o sector privado possa contribuir na produção de bens e de serviços, aumento da oferta de empregos para a população, principalmente os jovens.

Enfatizou o anúncio, pelo Primeiro-Ministro portguês, do incremento da linha de crédito em mais 750 milhões de euros, tendo evidenciado que vai ajudar a realizar mais investimento público, sobretudo em infra-estruturas de vários sectores.

Destacou que, depois de 23 anos de paz, o país ainda está numa fase de reconstrução e a linha de crédito de Portugal tem ajudado a reconstruir e construir infra-estruturas de que o país necessita em várias áreas, como estradas, pontes, unidades hospitalares, escolas, universidades, parques solares de produção de energia, no domínio do investimento público.

Sublinhou que há outras áreas em que as empresas portuguesas não estão muito presentes, apelando para que aproveitem o incremento da linha para introduzir empresas portuguesas, procurar diversificar o leque das mesmas na economia angolana.

Apelou a participação de empresas portuguesas na transportação de energia, que considerou ser um sector de desenvolvimento.

Disse ser importante também a construção de infra-estruturas desportivas, por considerar o desporto ser fundamental para o desenvolvimento integral do homem, sobretudo dos jovens, sendo necessário proliferar quadras e pavilhões desportivos, estádios de futebol.

Deu a conhecer que abordou com o Presidente e com o Primeiro-Ministro de Portugal temas ligados a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e matérias que afligem a todos, nomeadamente as endemias, pandemias, alterações climáticas, segurança alimentar e energética.

Foram também abordados a situação da paz e da segurança internacionais, que estão ameaçadas por uma série de conflitos em vários continentes, na Europa, no Médio do Oriente, em África, e que a todos preocupa, procurando contribuir para o alcance da paz na Europa, no Médio Oriente, em África e em outros pontos do planeta.

João Lourenço caracterizou as relações entre os dois países de “boas, muito boas mesmo”, adiantando que “a amizade deve continuar a ser permanentemente alimentada”.

Salientou a troca de delegações aos níveis técnico, empresarial, ministerial, de Chefes de Estado e de Governo, sublinhando as ligações aéreas diárias, entre Luanda e Lisboa, totalizando 14 voos por semana, realizados pelas duas companhias aéreas.

Recordou que Angola vai fazer 50 anos de Independência, a 11 de Novembro próximo, que devem ser comemorados conjuntamente, no quadro de “uma relação de verdadeira amizade e verdadeira cooperação no interesse de ambos os países”.

Sublinhou que as autoridades angolanas estão a realizar um programa de condecorações a figuras que se destacaram na luta e manutenção da Independência e desenvolvimento económico de Angola, incluindo estrangeiras.

Revelou que, entre as figuras contempladas, vão constar entidades portuguesas que contribuíram para a Independência de Angola e sua manutenção, assim como para o desenvolvimento económico e social de Angola.

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