Analisada preparação da Cimeira de Sistemas Alimentares da ONU

Luanda – A secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, analisou, esta quarta-feira, em Luanda, o estado de preparação da segunda Cimeira de Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (UNFSS+4), a realizar-se no corrente mês, em Adis Abeba (Etiópia).

Para o efeito, reuniu-se com o embaixador da Itália acreditado em Angola, Marco Ricci, e com a coordenadora residente das Nações Unidas no país, Zahari Virani, para abordar a relevância do trabalho conjunto entre a ONU e a União Africana, uma vez que Angola assume a presidência em exercício da organização continental.

A segunda Cimeira de Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas é co-organizada pela Etiópia e pela Itália, servindo de plataforma para avaliar os progressos realizados desde a última, realizada em 2021, com vista a reforçar a colaboração e mobilizar investimentos para a transformação dos sistemas alimentares.

A reunião entre a secretária de Estado e os dois representantes estrangeiros visou igualmente coordenar sistemas virados a garantir a segurança alimentar no continente africano.

A captação de investimentos para suporte de projectos estruturantes, como o Corredor do Lobito e iniciativas conducentes ao fomento da agricultura e diversificação económica foram também temas do diálogo entre os três interlocutores.

Esmeralda Mendonça incentivou a ONU a continuar a levar a cabo iniciativas do género, a fim de reforçar a capacidade dos governos africanos para trilhar o caminho em busca da soberania alimentar, tendo assegurado uma representação de alto nível da República de Angola na cimeira.

A Cimeira das Nações Unidas sobre Sistemas Alimentares representa uma iniciativa de alto nível, convocada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, visando transformar os sistemas alimentares mundiais e impulsionar o cumprimento da Agenda 2030 e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A sua realização decorre da necessidade premente de repensar os modelos de produção, distribuição e consumo de alimentos, perante os desafios globais relacionados com a insegurança alimentar, alterações climáticas, perda de biodiversidade e desigualdades sociais.

O encontro vai reunir Chefes de Estado e de Governo, bem como representantes de organizações internacionais, sociedade civil, sector privado, academia e juventude, com vista a criar compromissos concretos e mobilizar acções transformadoras.

Uma nota de imprensa do Ministério das Relações Exteriores esclarece que a cimeira proporciona uma plataforma inclusiva que permite aos países apresentar soluções nacionais e contribuir para a construção de sistemas alimentares mais justos, resilientes, sustentáveis e saudáveis.

Reconhece a nota que a transformação dos sistemas alimentares assume-se como um pilar essencial para erradicar a fome, melhorar a nutrição, garantir meios de subsistência sustentáveis e preservar o planeta, baseando a abordagem na ciência, saber tradicional e experiências locais, incorporando uma visão integrada e participativa.