Turquia pretende investir na indústria de defesa no país

Luanda - A Turquia manifestou disponibilidade para cooperar com Angola no domínio da Indústria de Defesa, através do financiamento de empresas turcas interessadas em estabelecer parcerias com o Ministério da Defesa Nacional.

Segundo notícia do JA online, a garantia foi dada pelo secretário da Indústria de Defesa da Turquia, Haluk Görgün, durante um encontro com o secretário de Estado angolano para a Indústria Militar, Afonso Carlos Neto, à margem da Feira Internacional da Defesa, que decorre em Istambul (Turquia).

Haluk Görgün disse que, tratando-se de Angola como parceiro estratégico, serão envidados esforços junto do Eximbank da Turquia para garantir o financiamento de projectos de interesse comum, no âmbito dos acordos bilaterais já assinados, mas ainda não implementados.

“A Turquia conta com mais de 3.500 empresas no sector da Defesa. Este evento internacional é uma oportunidade para reforçarmos parcerias e mostrarmos a capacidade da nossa indústria. Estamos satisfeitos com a presença de Angola, que só fortalece a cooperação existente”, sublinhou o dirigente turco.

A participação de Angola na Feira Internacional da Defesa, indicou o secretariado de Estado Afonso Carlos Neto, visa identificar oportunidades tecnológicas e de capacitação de quadros, com destaque para a criação de um Centro de Informação e Tecnologias voltado para áreas como a criptografia e inovação aplicada à defesa nacional.

Referiu, ainda, o interesse de Angola em estabelecer parcerias com instituições de referência como a empresa estatal turca Tubitak, especializada em ciência, tecnologia e inovação, com vista à formação e especialização de engenheiros militares angolanos.

“Estamos aqui para fazer uma prospecção do mercado, identificar projectos e reforçar a nossa base tecnológica, em conformidade com os entendimentos alcançados nas visitas de Estado dos Presidentes João Lourenço e Recep Tayyip Erdogan”, declarou.

A parte turca reafirmou o compromisso do governo de Ancara em apoiar tanto o financiamento das empresas interessadas no mercado angolano quanto a execução imediata dos acordos de cooperação existentes entre os dois países.