Luanda - O Presidente da República e em exercício da União Africana, João Lourenço, enalteceu, esta quinta-feira, em Luanda, o papel das mulheres africanas "como mães e educadoras na formação de mulheres e homens, herdeiros dos valores africanos mais profundos de generosidade e do respeito por uns e por outros e pelos seus ascendentes".

Numa mensagem por ocasião do Dia da Mulher Africana, assinalado esta quinta-feira (31), João Lourenço reconhece que as mulheres africanas vão inspirando os filhos de África para erigir um continente próspero, seguro, pacífico, amistoso, inclusivo e harmonioso.

João Lourenço recorda que o Dia da Mulher Africana se estabeleceu, na sequência da Conferência das Mulheres Africanas, realizada em 1962, em Dar es Salaam (Tanzânia), como um marco histórico da consciencialização das mulheres africanas, sobre o seu papel determinante na construção de uma África empenhada na paz, progresso e no desenvolvimento.

Salienta que a data remete para contextos políticos complexos, em que mulheres valentes se destacaram pelos seus feitos em prol da Independência dos países do continente, da luta contra o Apartheid e de outras duras batalhas em que se engajaram pelo resgate da dignidade dos povos de África e pela sua afirmação no concerto das nações do mundo, como agentes incontornáveis na promoção dos valores intrinsecamente africanos do humanismo, concórdia e entendimento.

"As evidências nos tempos que correm mostram, sem ambiguidades, o quão acertada foi a luta da mulher africana pela sua inserção na vida nacional dos países e pela sua valorização como um pilar estruturante sobre o qual assentam políticas de integração e de abertura", lê-se na mensagem do Presidente em exercício da União Africana.

Destaca a participação feminina em todos os sectores da sociedade, nos quais, pela eficácia e eficiência que demonstram no cumprimento das suas responsabilidades, seja qual for o grau da sua complexidade, as mulheres africanas se vêm revelando fundamentais nos processos de construção das nações africanas.

João Lourenço conclui a sua mensagem enfatizando ser imprescindível reafirmar o compromisso dos líderes políticos, empresariais, das agrupações sociais e de outras estruturas afins da sociedade, com a realização de acções e de políticas que assegurem, de forma irreversível, a concretização plena dos processos de luta pela emancipação da mulher africana.