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Embaixadora angolana pede reparação das injustiças da colonização

Embaixadora Balbina Dias da Silva
Embaixadora Balbina Dias da Silva Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 12h51 04/08/2025 - Actualizado às 12h51 04/08/2025

Luanda - A embaixadora angolana na Espanha, Balbina Dias da Silva, defendeu a importância de reconhecer e reparar as injustiças históricas derivadas do colonialismo e do tráfico de escravos, cujas consequências continuam a afectar de forma desproporcional as mulheres africanas, vítimas de uma dupla discriminação, pela sua origem e género.

Segundo uma nota de imprensa, a diplomata intervinha no acto de celebração do “Dia da Mulher Africana”, celebrado na Espanha sob o lema “Avanços na Justiça Social e Económica para as Mulheres Africanas através das Reparações”, tendo acrescentado que as reparações devem ser justas, integrais e transformadoras, concebidas para eliminar as desigualdades estruturais e devolver à mulher africana o papel central na construção de sociedades prósperas e inclusivas no século XXI.

“A mulher africana continua a enfrentar desafios significativos no acesso à educação, saúde e empoderamento económico. As injustiças económicas limitam as suas oportunidades e perpectuam a exclusão social”, sublinhou, considerando urgente investir na educação das mulheres africanas como uma forma autêntica de reparação, capaz de transformar gerações e construir sociedades mais inclusivas.

A actividade de celebração do Dia da Mulher Africana, na Espanha, de acordo com a nota, insere-se, também, nas comemorações do 50.º aniversário da Independência Nacional e nos festejos dos 63 anos da histórica Conferência das Mulheres Africanas, realizada na Tanzânia, em 1962, onde foram lançadas as bases para o empoderamento feminino em África.

Balbina Dias da Silva apelou, ainda, à adopção de uma agenda política de justiça reparadora, que não se limite a compensações económicas, mas que promova reformas estruturais e investimentos em infra-estruturas.

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