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Desafios de financiamento para países em desenvolvimento exigem soluções colectivas

Representante permanente de Angola na ONU, Francisco da Cruz, na reunião sobre desenvolvimento sem litoral
Representante permanente de Angola na ONU, Francisco da Cruz, na reunião sobre desenvolvimento sem litoral Imagens: MIREX

Redacção

Publicado às 10h35 09/08/2025

Luanda - O representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, Francisco José da Cruz, afirmou, esta quinta-feira, em Awaza (Turquemenistão), que os desafios de financiamento que os países em desenvolvimento sem litoral enfrentam exigem soluções colectivas, justas e personalizadas para abordar as suas vulnerabilidades estruturais.

Ao discursar na mesa redonda de alto nível sobre “Disponibilização e mobilização de recursos e de parcerias globais reforçadas para o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento sem litoral”, Francisco José da Cruz informou que Angola investiu na mobilização de recursos internos, através da reforma fiscal, digitalização da administração fiscal e combate à fuga de capitais.

Reconheceu que os recursos internos não são suficientes, tendo apelado ao aumento da ajuda pública ao desenvolvimento para os países menos desenvolvidos, os sem litoral, e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento, de forma previsível e concessional, alinhada com as prioridades dos seus respectivos programas de acção.

Francisco José da Cruz apresentou o Corredor do Lobito, como um exemplo do potencial transformador das parcerias, por ser uma iniciativa que combina financeiramente público e privado, com o envolvimento dos países vizinhos (República Democrática do Congo e Zâmbia), do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), União Europeia e Estados Unidos da América.

O representante permanente de Angola referiu que o projecto "Corredor do Lobito" está a melhorar a conectividade regional, reduzir os custos logísticos, promover as cadeias de valor e atrair investimento produtivo, demonstrando que parcerias sólidas podem gerar soluções inclusivas e estruturais para promover o desenvolvimento sustentável.

Aproveitou a ocasião para revelar que Angola vai acolher, em Novembro do corrente ano, uma Cimeira sobre Financiamento de Infra-estruturas em África, organizada em parceria com a União Africana e a AUDA-NEPAD.

A iniciativa visa mobilizar capital africano e global para projectos de elevado impacto, bem como apoiar iniciativas de investimentos em infra-estruturas alinhadas com a Agenda 2063 e a Zona de Livre Comércio Continental Africana, esclarece uma nota dos Serviços de Comunicação Institucional e Imprensa da Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas, em Nova Iorque.

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