Luanda – O embaixador cessante russo em Angola, Vladimir Tararov, disse, esta quarta-feira, em Luanda, que as autoridades dos dois países estão a tratar da visita do Chefe do Estado angolano, João Lourenço, à Federação Russa, para o mais breve possível.

Vladimir Tararov prestou tais declarações à imprensa, ao apresentar cumprimentos de despedida ao Chefe de Estado angolano, depois de uma missão de cerca de oito anos em Angola, como embaixador extraordinário e plenipotenciário da Federação da Rússia acreditado em Angola.

O diplomata russo, que vai representar o seu país em Moçambique, adiantou que está em preparação, igualmente, uma reunião da Comissão Inter-Governamental visando o fortalecimento das relações bilaterais, solidificadas ao longo de vários anos.

Disse que deixa Angola com muito orgulho, pelo facto de ter contribuído para o reforço das relações bilaterais, tendo sublinhado que agradeceu ao Presidente João Lourenço a atenção prestada a cooperação entre os dois países e o fortalecimento dos laços entre os povos angolano e russo.

Vladimir Tararov reconheceu que as relações entre os dois países estão firmadas, ao longo de vários anos, na base da amizade e solidariedade que unem os dois Estados e povos, existindo a firme vontade de desenvolve-las ainda mais.

Salientou que se trabalha para desenvolver as relações ainda mais, no domínio económico, especialmente na agricultura, mas também uma cooperação que envolva a partilha de tecnologias, referindo que existem muitas outras áreas que os dois países podem utilizar como pontos de partida.

Sublinhou que o seu trabalho em Angola foi positivo, pelo facto de se ter conseguido aproximar mais os dois governos e povos, sendo uma das maiores conquistas a troca de tradições culturais entre os dois países.

Revelou estar para breve a abertura de um Centro de Cultura Russa em Angola e outro angolano no seu país, como resultado de acordos rubricados.

“Angola sempre estará no meu coração, não fiquei apenas estes anos, mas também fui membro da Comissão Conjunta Política Militar (CPPM), em 1992, como garante da paz pela parte russa, dai que levo muitas memorias do país”, realçou.