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João Lourenço recebe Presidente do parlamento africano e secretário-geral da OACP

Presidente João Lourenço recebeu Presidente do Parlamento Pan-Africano
Presidente João Lourenço recebeu Presidente do Parlamento Pan-Africano Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 09h17 16/08/2025 - Actualizado às 09h17 16/08/2025

Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, analisou, esta sexta-feira, em Luanda, as reformas em curso na União Africana, em audiência que concedeu ao Presidente do Parlamento Pan-africano, Fortune Zephania Charumbira.

Em declarações à imprensa, Fortune Zephania Charumbira destacou a relevância dos assuntos abordados, enfatizando que as reformas visam tornar o funcionamento da União Africana mais eficaz.

Sublinhou ter apresentado ao Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, várias questões relacionadas com o Parlamento Pan-africano, entre as quais propostas relativas aos serviços partilhados, que preveem que várias instituições possam partilhar recursos humanos ou outros elementos.

Realçou ter sido abordada a questão dos orçamentos, visto que a instituição que representa continua ainda com verbas definidas na fase da Covid-19, o que tem causado muitos constrangimentos.

De nacionalidade zimbabweana, Fortune Charumbira encontra-se em Angola em visita de trabalho de três dias, tendo já mantido reuniões com a Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e com a Comissão de Relações Exteriores e Cooperação Internacional do parlamento angolano.

Audiência ao secretário-geral da OACP

A situação financeira da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OACP) e os preparativos da próxima cimeira dominaram a audiência que o Presidente da República, João Lourenço, concedeu, esta sexta-feira, em Luanda, ao secretário-geral da OACP, Moussa Seleh Batraki.

Moussa Seleh Batraki revelou que a próxima cimeira ordinária de Chefes de Estado e de Governo da OACP está agendada para 2026, na cidade de Malabo (Guiné Equatorial).

Em declarações à imprensa, disse que foi também analisada a questão da venda da antiga sede da OACP e a aquisição de novas instalações, bem como a realização de uma mesa redonda, à margem da cimeira de Malabo, assim como a situação dos processos relativos a assinatura do Acordo de Samoa.

Sublinhou ser sua responsabilidade apresentar periodicamente ao Chefe de Estado angolano o ponto de situação da organização, recordando que a sua nomeação para o cargo que ocupa foi feita pelo Presidente João Lourenço, após um rigoroso processo de selecção de candidatos.

“A reunião de hoje foi mais longa do que as que costumo ter com outros chefes de Estado, porque o Presidente João Lourenço, na qualidade de presidente da OACP, precisa estar informado sobre todos os assuntos internos da organização”, afirmou.

O secretário-geral destacou que a OACP enfrenta desafios, acumula conquistas importantes e está empenhada em se fortalecer como uma organização influente e funcional no cenário internacional.

A OACP é um bloco internacional de países em desenvolvimento, que reúne nações da África Subsaariana, do Caribe e do Pacífico, para defender interesses comuns, fortalecer a cooperação entre si e negociar parcerias com outros blocos, especialmente a União Europeia.

Foi criada em 1975, como Grupo ACP, pela Convenção de Lomé, visando garantir o acesso preferencial de produtos desses países ao mercado europeu e promover o desenvolvimento.

Em 2000, adoptou o Acordo de Cotonou, que ampliou a parceria para áreas como democracia, direitos humanos, paz e segurança, antes de optar oficialmente pela designação actual, em 2019, e redefinir as suas prioridades.

Em 2023, foi assinado o Acordo de Samoa, que substitui o de Cotonou, tendo actualizado as regras de cooperação para os próximos 20 anos.

Com sede em Bruxelas (Bélgica), integram actualmente a organização 79 países, dos quais 48 da África Subsaariana, 16 do Caribe e 15 do Pacífico.

Tem como principais objectivos a defesa de interesses comuns em fóruns internacionais, a promoção do desenvolvimento sustentável e o combate à pobreza e a integração regional.

O fortalecimento das economias locais, a negociação de acordos comerciais colectivos com parceiros estratégicos e a promoção da paz, segurança e boa governação fazem igualmente dos objectivos da organização.

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