Luanda - Angola rendeu hoje, quinta-feira, homenagem ao antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, com uma celebração eucarística orientada pelo Cónego Apolónio Graciano, que destacou os feitos do malogrado na construção da paz no país e no continente africano.

O acto, que decorreu na Praça da República, em Luanda, se inscreveu nas comemorações do terceiro aniversário do passamento físico do antigo Estadista angolano, que se assinala esta quinta-feira.

Após a homilia, a ex-primeira dama, Ana Paula dos Santos, acompanhada por familiares, o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, entre outras entidades do país, depositaram coroas de flores no jazigo onde repousam os restos mortais de José Eduardo dos Santos.

Segundo a ANGOP, o Cónego Apolónio Graciano descreveu José Eduardo dos Santos como uma figura indelével da história de Angola, "Foi ele quem proporcionou a este país o que se tornou o maior orgulho de todos os angolanos: a paz".

Disse que a paz constitui o bem supremo que cada indivíduo deve reconhecer como a mais elevada virtude e um pilar fundamental para uma convivência harmoniosa. 

"Sem paz não há harmonia, sem amor não há harmonia, sem perdão não há harmonia. Este é o legado que José Eduardo dos Santos deixou para Angola", sublinhou.

Segundo o prelado, Angola soube encontrar os meios para pôr fim ao conflito, reunindo todos os seus filhos e filhas em torno de uma mesa e afirmar-se no contexto das nações.

Em nome da família, Danilo dos Santos considerou justa a homenagem ao seu progenitor, cujo legado perdura em cada gesto de coragem, justiça e integridade, notando que a sua ausência é profundamente sentida, mas os seus ensinamentos permanecem eternos.

Por seu turno, o vice-presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), Joaquim Duarte, ressaltou também os feitos do antigo Estadista relativos à filantropia, amor ao próximo e consolidação da paz.

José Eduardo dos Santos, antigo Presidente de Angola, é amplamente reconhecido como o "Arquitecto da Paz" pelos seus feitos na consolidação da paz e unidade nacional.

Nascido a 28 de Agosto de 1942, em Luanda, governou o país de 1979 a 2017. Faleceu a 8 de julho de 2022, em Barcelona, Espanha, onde estava internado. Foi sepultado a 28 de Agosto em Luanda.