POLICIA

SIC detém líderes de associações de taxistas por incitação à violência

SIC detém líderes de associações de taxistas por incitação à violênciaImagem: DR

12/08/2025 16h32

Luanda - O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, segunda-feira, em Luanda, os presidentes da Associação dos Taxistas de Angola (ATA) e da Cooperativa de Táxis Comunitários de Angola (CTCA), por suposta incitação à violência, associação criminosa e atentado contra a segurança pública e terrorismo.

Trata-se de Francisco Eduardo e Rafael Ginga Inácio, presidentes da ATA e da CTCA, respectivamente.

Segundo uma nota distribuída à imprensa na terça-feira, encontra-se igualmente detido o presidente da Cooperativa dos Taxistas e Motociclistas Freitas (CTMF), António Alexandre Freitas.

A nota refere que a detenção destes decorre de uma investigação em curso que determinou a participação e de outros suspeitos nos factos de promoção de actos de vandalismo e arruaça contra bens e serviços públicos e privados, protagonizados no final de Julho do corrente ano.

Anteriormente, foram detidos o presidente e o vice-presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente e Rodrigo Catimba, respectivamente, por alega implicação no mesmo processo.

Os taxistas angolanos paralisaram os serviços de 28 a 30 de Julho, para reivindicar, entre outras medidas, contra a subida do preço do combustível.

Na sequência da paralisação, ocorreram actos de pilhagem e arruaça, que causaram a morte de 30 pessoas e o ferimento de 277 outras, bem como a vandalização de 118 estabelecimentos comerciais, 24 autocarros públicos e mais de 20 veículos civis, entre outros bens.

Durante essas acções, registadas nas províncias de Luanda, Benguela, Icolo e Bengo, Malanje, Huíla, Bengo, Huambo e Lunda-Norte, foram detidos mil 515 indivíduos supostamente envolvidos.

Na sua reacção o Governo decidiu apoiar as empresas afectadas pelos actos de vandalismo e pilhagem com a abertura de uma linha de crédito de 50 mil milhões de kwanzas, para permitir a sua recuperação através da retomada das suas actividades comerciais e da manutenção dos postos de trabalho.

A par dos 50 mil milhões de kwanzas, o Executivo angolano dispõe de outra linha de financiamento de 25 milhões de dólares para permitir que as empresas lesadas importem equipamentos, produtos e outros bens.

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