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Presidente João Lourenço desloca-se a Etiópia para co-presidir cimeira

Presidente da União Africana, João Lourenço
Presidente da União Africana, João Lourenço Imagens: CIPRA

Redacção

Publicado às 11h48 06/09/2025 - Actualizado às 11h48 06/09/2025

Luanda - O Presidente da República e em exercício da União Africana, João Lourenço, deslocou-se, este sábado, a Adis Abeba (Etiópia), onde vai co-presidir a segunda Cimeira África e Comunidade do Caribe (CARICOM), a realizar-se sob o lema “Parceria transcontinental na busca da justiça reparatória para os africanos e afro-descendentes através de reparações”.

à saída de Luanda, João Lourenço recebeu cumprimentos de despedida da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.

Durante a cimeira, as duas organizações vão analisar as relações entre ambas e o tema actual da reparação histórica para africanos e afro-descendentes, deu a conhecer o secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, Luís Fernando.

Recorde-se que a primeira cimeira entre África e a Comunidade do Caribe realizou-se no Kenya, em Setembro de 2021, por videoconferência, tendo contado com a participação do Presidente João Lourenço.

Na primeira cimeira, foi analisada a necessidade da promoção de colaboração e cooperação mais estreitas entre as duas organizações, a integração política entre os países de ambas as regiões transatlânticas, a gestão do impacto da pandemia da Covid-19, a economia azul e a conectividade de transportes, assim como as alterações climáticas.

Na ocasião, João Lourenço afirmou que Angola é a favor da cooperação entre as duas organizações transatlânticas, nos domínios do desenvolvimento económico inclusivo e sustentável e humano e social, assim como do meio ambiente, gestão de recursos naturais e das mudanças climáticas, direitos humanos, democracia e boa governação e combate ao terrorismo e ao crime organizado.

A Cimeira África-CARICOM enquadra-se na declaração adoptada pela trigésima terceira Conferência dos Chefes de Estados e de Governo da União Africana, realizada em Adis Abeba, em Fevereiro de 2020, que salientou a necessidade de uma colaboração mais estreita entre a União Africana, a sua diáspora e os povos de ascendência africana nas Caraíbas e no Pacífico.

Esta segunda cimeira decorre da decisão tomada na quadragésima sétima sessão ordinária do Conselho Executivo da União Africana, realizada em Julho do corrente ano, em Malabo (Guiné Equatorial), na altura em que a organização continental celebra o tema de 2025 “Justiça para os africanos e afrodescendentes através de reparações”.

A segunda Cimeira é antecedida de outros eventos, entre os quais, um sobre saúde, que decorre este sábado, co-organizado pelo Ministério da Saúde da Etiópia, Comissão da União Africana e CARICOM, com participação da ministra angolana da Saúde, Sílvia Lutucuta.

Forjar as relações entre a África e as Caraíbas consta entre os temas a serem abordados numa das sessões plenárias, além de outras abordagens sobre como explorar outras oportunidades como a cultura, educação e saúde para servirem de pilares catalisadores no fortalecimento das relações entre os duas organizações. 

Fonte da União Africana adianta que vão participar na cimeira vários Chefes de Estado e de Governo de África e das Caraíbas, assim como líderes de instituições globais, como o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, a directora-geral Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, assim como responsáveis dos Bancos de Desenvolvimento de África e do Caribe, entre outros.

A cimeira visa reafirmar e elevar a cooperação política e diplomática entre a África e a CARICOM, adoptar um comunicado conjunto para articular prioridades de desenvolvimento compartilhadas e posições políticas globais, promover o diálogo em áreas temáticas críticas, incluindo comércio, investimento, transporte e cooperação técnica.

Outro dos objectivos, de acordo ainda com a União Africana, passa pelo fortalecimento das estruturas institucionais para colaboração de longo prazo e mostrar os vínculos culturais, históricos e económicos que unem África e o Caribe.

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