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Téte António reafirma apoio de Angola às iniciativas de mediação da União Africana

Ministro das Relações Exteriores, Téte António (1º esq.) participa na Conferência para a Paz e Prosperidade na região dos Grandes Lagos
Ministro das Relações Exteriores, Téte António (1º esq.) participa na Conferência para a Paz e Prosperidade na região dos Grandes Lagos Imagens: MIREX

Redacção

Publicado às 12h25 31/10/2025

Luanda – O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reafirmou, esta quarta-feira, em Paris (França), o apoio de Angola às iniciativas de mediação da União Africana, sob a égide do Togo e de organizações regionais e internacionais para a paz e prosperidade na região dos Grandes Lagos.

Téte António, que falava na abertura da Conferência para a Paz e Prosperidade na região dos Grandes Lagos, sublinhou o processo de Washington e os esforços diplomáticos do Qatar para restaurar a paz no Leste da República Democrática do Congo.

Uma nota de imprensa do Ministério das Relaçoes Exteriores indica que o chefe da diplomacia angolana enfatizou que uma paz duradoura deve emergir de um diálogo político inclusivo, do respeito pela soberania dos Estados e de uma responsabilidade partilhada entre os africanos e os parceiros internacionais.

Salientou que a conferência ocorre num momento crucial para o futuro da região, considerada estratégica no continente africano, marcada por graves crises políticas e humanitárias recorrentes.

O ministro das Relações Exteriores, que é igualmente presidente do Conselho Executivo da União Africana, recordou que a situação humanitária no Leste da República Democrática do Congo, no Sudão, Sudão do Sul e em todos os Estados da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) continua preocupante.

Disse que milhões de pessoas deslocadas, refugiadas, assim como mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, enfrentam condições que exigem uma resposta determinada e coordenada, exortando que é imperativo que o acesso humanitário seja feito sem entraves, garantindo de forma segura a protecção dos civis e reforçada a colaboração entre os governos.

Sublinhou que Angola, em função da sua experiência em reconciliação nacional, após uma guerra longa de mais de 27 anos, acredita que a paz duradoura não pode ser alcançada sem processos inclusivos, diálogo entre as comunidades e sem respeito pela soberania dos Estados.

Recordou o engajamento do Presidente da República e em exercício da União Africana, João Lourenço, no âmbito do Processo de Luanda, importante iniciativa para reduzir as tensões no Leste da República Democrática do Congo, entre 2022 e 2025, que resultou em compromissos para a implementação de mecanismos de monitoramento do cessar-fogo e apelos à retirada dos grupos armados do M23 das zonas ocupadas.

A contribuição de Angola incluiu também planos de desdobramento de contingentes militares para a neutralização das forças negativas, como as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR), e o desengajamento das forças em conflito, que na sua maioria figuram em grande parte nos textos dos Acordos de Washington e do Processo de Doha, deu a conhecer.

A Conferência para a Paz e Prosperidade na Região dos Grandes Lagos visou mobilizar a comunidade internacional para responder à emergência humanitária no Leste da República Democrática do Congo e na região dos Grandes Lagos.

A conferência visou, igualmente, apoiar a dinâmica contínua de negociação e mediação, liderada pelos Estados Unidos da América, Qatar e União Africana.

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