REFORMAS
Presidente da República considera reforma da UA necessidade histórica e estratégica

25/10/2025 06h24
Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, considera que a reforma da União Africana (UA) é uma necessidade histórica, estratégica e de carácter inadiável, indica uma nota de imprensa do Ministério angolano das Relações Exteriores, divulgada esta sexta-feira, em Luanda.
Segundo a nota, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, representou o Presidente João Lourenço, na reunião do Comité Ad Hoc de Supervisão dos Chefes de Estado e de Governo sobre as Reformas Institucionais da União Africana, realizada em formato virtual.
De acordo com a nota, João Lourenço defende que a reforma da organização continental “não pode ser um exercício burocrático, mas um acto político de coragem e de transformação real”.
A reunião foi orientada pelo Presidente do Kenya e Campeão para as Reformas Institucionais da União Africana, William Ruto.
Téte António transmitiu aos presentes que o Presidente João Lourenço considera que a reunião constitui um novo marco no processo de reforma institucional, particularmente com a criação do Comité Ad Hoc, que visa complementar os esforços de William Ruto, através do acompanhamento político contínuo e consultas estratégicas, para garantir a implementação coerente das reformas acordadas.
O chefe da diplomacia angolana disse que o Presidente João Lourenço ambiciona uma União Africana dinâmica, eficiente e orientada para resultados concretos, capaz de responder com eficácia às aspirações legítimas dos povos do continente africano.
A reunião inaugural do Comité Ad Hoc de Supervisão dos Chefes de Estado e de Governo sobre as Reformas Institucionais da União Africana visou apresentar uma informação actualizada e analisar o estado de implementação do processo de reforma, e deliberar sobre a via a seguir nas áreas que requerem medidas adicionais, antes da realização de uma cimeira extraordinária sobre o assunto, agendada para dia 26 de Novembro próximo, em Luanda.
A nota adianta que “esta reunião serviu como uma plataforma de alto nível para o envolvimento estratégico, permitindo ao Campeão mobilizar a vontade política colectiva e o apoio necessário de outros líderes africanos para o avanço da Agenda de Reforma”.
Segundo Téte António, a liderança colectiva do processo de reforma resultará num maior envolvimento dos Estados-membros e na criação de um roteiro coeso, tendo em conta as várias prioridades reflectindo as necessidades para que a organização continental esteja apta a concretizar as aspirações da Agenda 2063 de África.