EMBARGO

Angola reafirma necessidade de pôr fim ao embargo dos EUA contra Cuba

Francisco da Cruz, Representante de Angola na ONU, em Nova Iorque - Cedida
Francisco da Cruz, Representante de Angola na ONU, em Nova IorqueImagem: Cedida

30/10/2025 11h53

Luanda – O representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, Francisco da Cruz, reafirmou, esta terça-feira, em nova Yorque a necessidade de se pôr fim ao embargo económico, comercial e financeiro dos Estados Unidos da América contra Cuba.

Ao intervir numa reunião plenária da Assembleia Geral da ONU, Francisco da Cruz adiantou que a continuação do embargo económico, financeiro e comercial dos Estados Unidos contra Cuba e a sua inclusão injusta na lista de Estados que patrocinam o terrorismo são incompatíveis com o sistema internacional baseado no Estado de direito.

Na reunião plenária sobre a necessidade de se pôr fim ao embargo contra Cuba, Francisco José da Cruz sublinhou que o embargo é uma das questões diplomáticas mais urgentes da actualidade, que necessita de ser resolvida em conformidade com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.

Reiterou que Angola tem apoiado consistentemente o apelo internacional para a remoção incondicional do embargo económico, comercial e financeiro imposto a Cuba.

Recordou que na Cimeira do Futuro de 2024 a comunidade internacional uniu-se para abordar desafios comuns, nomeadamente o combate à crise climática, a redução das desigualdades e a criação de uma paz duradoura no mundo, enfatizando que o Pacto para o Futuro foi adoptado para garantir que ninguém fique para trás na concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reforçar a cooperação global.

Salientou que, ao se celebrar os 80 anos da criação das Nações Unidas para promover a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável em todo o mundo, a credibilidade da comunidade internacional está a ser desafiada, por adoptar resoluções que apelam ao fim do embargo dos EUA contra Cuba, desde 1992, sem efeitos práticos.

Lembrou que o embargo está a causar danos sociais e económicos significativos ao povo cubano e tem implicações graves na capacidade do país em atingir os objectivos de desenvolvimento, principalmente os ligados a erradicação da pobreza, saúde e bem-estar), educação de qualidade), trabalho digno e crescimento económico e indústria, inovação e infra-estruturas.

Está igualmente a afectar as populações vulneráveis, limitando o seu acesso a serviços e recursos essenciais e a tornar cada vez mais difícil para as organizações internacionais, empresas e particulares realizarem transacções legais e parcerias com Cuba.

Apelou aos Estados Unidos e a Cuba a renovarem os seus esforços diplomáticos para pôr fim a esta questão de longa data, através de um diálogo aberto e construtivo, a fim de alcançar um acordo político abrangente e duradouro, visando promover uma cooperação bilateral mutuamente benéfica.

Expressou apreço pelo compromisso de longa data de Cuba com a cooperação internacional, destacando a solidariedade cubana em matéria de saúde, sublinhando que milhares de profissionais médicos cubanos contribuíram para salvar vidas e fortalecer os sistemas de saúde pública em toda a África e no mundo em desenvolvimento.

Reafirmou o compromisso de Angola em continuar a apoiar todas as iniciativas e resoluções relevantes das Nações Unidas para pôr fim ao embargo contra Cuba.

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