TURISMO CULTURAL
O que é necessário para massificar o turismo cultural em Angola

12/06/2023 11h50
Luanda – A massificação do turismo cultural em Angola carece de auxílio do governo e do sector privado para tornar essa actividade num factor importante para o progresso económico e social do país.
Ao discursar na cerimónia de lançamento do projecto “Rota Turística e Cultural dos Escravos em Angola”, em Luanda, o ministro Filipe Zau, afirmou que os objectivos da massificação do turismo cultural em Angola serão apenas alcançados se forem criadas infra-estruturas e serviços de apoio pelo Estado e o sector privado.
O ministro considerou que a cultura traz conhecimentos que se perpetuam na eternidade, pois são passados de geração em geração, traduzindo-se num importante factor de identidade e alteridade.
A “Rota Turística e Cultural dos Escravos em Angola”, uma linha de excursão a implementar a partir de 2024, resulta do trabalho de doutoramento defendido na Universidade de Coimbra (Portugal), pelo director-geral do Instituto de Promoção do Turismo (Infotur), Afonso Vita, baseada na história da escravatura.
Quando estiver em implementação, o projecto permitirá os cidadãos nacionais e estrangeiros melhor percepção sobre a história da escravatura em Angola, incluindo detalhes sobre os locais de concentração, comercialização e embarque de escravos.
Neste contexto, o percurso foi desenhado para um passeio de 10 dias, passando por pontos importantes da história do tráfico, nomeadamente, o município do Soyo (Zaire), Ambriz (Bengo), vila de Massangano (província do Cuanza Norte) e Luanda, terminando em Mbanza Kongo, província do Zaire.
No princípio deste mês, a União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) e a Associação de Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) trabalharam numa Agenda Cultural permanente nos hotéis e resorts, que deverá incluir música ao vivo, peças de teatro, salões de dança, arte e artesanato.