Moçâmedes - O Parque Nacional do Yona, localizado na província do Namibe, recebeu 14 girafas, adquiridas na Namíbia, no âmbito do repovoamento da sua fauna, apurou a Angop.

Trata-se de cinco machos e nove fêmeas, que passarão por um processo de adaptação ao clima daquela região, antes de se iniciar o trabalho de reprodução.

Ao intervir, quarta-feira, o governador da província do Namibe, Archer Mangueira, afirmou, no município do Tombwa, que o repovoamento de girafas trará um ganho significativo para o Parque Nacional do Yona, em termos de crescimento.

Disse que a iniciativa, aliada a outras acções, vai dinamizar a actividade turística na região, e que a chegada dos animais a Angola materializa um propósito do Governo angolano.

"É um acto importante e assistimos com grande satisfação o povoamento das Girafas", referiu, sublinhando que o desenvolvimento do turismo implica um conjunto de acções de áreas integradas.

"Temos estado a trabalhar para transformar, de facto, o Namibe na pérola do Turismo em Angola”, afirmou.

Archer Mangueira ressaltou, por outro lado, o facto de a comunidade local estar a ser inserida nos projectos do parque, como forma de garantir a proteção das espécies.

Por seu lado, a Assessora da Ministra do Ambiente, Albertina Zunze, salientou que as Girafas são espécies protegidas.

Informou que o acto faz parte do plano do Ministério do Ambiente que visa repovoar os parques com as espécies extintas, devido à caça furtiva, tendo indicado que na próxima fase se pretende integrar rinocerontes.

O Parque do Yona, proclamado como reserva em 1937 e autorizado para um parque nacional em 1964, é o maior de Angola e está situado na zona sudoeste do país, no Namibe.

Com uma extensão de 15 mil km2, caracteriza-se por dunas móveis, vastas planícies e montanhas falésias ásperas. O mesmo alberga várias espécies, como gazelas, avestruzes, zebras e répteis.

O parque do Yona, que dista a 360 quilómetros de distância do Namibe, faz parte do Plano Director do Turismo local. É um catalisador importante para alavancar a economia.

As suas espécies sofrem com a caça furtiva, e as infra-estruturas têm sido vandalizadas ao longo dos anos, por caçadores furtivos, segundo as autoridades locais.