Luanda - Um novo Banco de Urgência de pequenas cirurgias, com capacidade para atender, em média, 500 crianças por dia, foi quarta-feira inaugurado no Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda.

Durante a cerimónia, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse que o Hospital Pediátrico David Bernardino necessitava, faz tempo, de um novo e mais moderno bloco operatório de pequenas cirurgias.

Afirmou que o novo banco de urgência de pequenas cirurgias vai atender casos de abcessos, colocação de gesso, gálias, sondas gástricas, realizar drenagens, suturas e outros tratamentos ligados às cirurgias.

Sublinhou que, com a nova área de tratamento, os doentes serão devidamente encaminhados em função do grau de urgência.

Os pacientes com a fita verde, acrescentou, serão encaminhados para as consultas externas, os de fita amarela e alguns com a de laranja vão ser atendidos no novo banco de urgência de pequenas cirurgias, enquanto os mais críticos serão assistidos directamente no antigo banco de urgência da pediatria.

Sílvia Lutucuta disse que o objectivo desta divisão é diminuir as enchentes diárias que o antigo banco de urgência registava, causando muita pressão aos profissionais e alguma morosidade no atendimento dos pacientes.

Em relação aos profissionais que vão trabalhar no novo banco de urgência, assegurou que há quadros suficientes para que o bloco entre já em pleno funcionamento.

"Como se está num processo de admissão contínua, vamos ir colando onde houver necessidade, porque, no último quinquénio, aumentou-se mais de 45 mil profissionais de várias carreiras, perfazendo cerca de 45 por cento da força de trabalho a nível do sector da Saúde”, assegurou.

Segundo a ministra, o Hospital Pediátrico David Bernardino, além de ter carácter assistencial, tem sido utilizado para o ensino e aprendizagem no que toca à especialidade médica de pediatria.

Por seu lado, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, presente na cerimónia, afirmou que faz parte das responsabilidades sociais de todas as empresas petrolíferas apoiar, principalmente, procjetos ligados à Saúde e à Educação, nas comunidades onde estão inseridas.

Deu a conhecer que o ministério que dirige vai continuar a apoiar projectos do género, porque impactam directamente a vida da população.

Diamantino de Azevedo aproveitou a ocasião para reiterar que mais de 96 por cento das divisas arrecadadas pelo país vem do petróleo, três por cento do diamante e um por cento das rochas ornamentais.

"Por termos consciência dos problemas ambientais que a exploração do petróleo causa ao planeta, esforçamo-nos em proteger o meio ambiente, apostando na descarbonização e na redução do gás de efeito estufa”, frisou.

Já o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, revelou que as obras e o apetrechamento do banco de urgência de pequenas cirurgias ficaram orçados em meio milhão de dólares, equivalentes em kwanzas.