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Ministro realça empenho do Governo para alavancar o sector do Turismo

Ponto turístico em Angola
Ponto turístico em Angola Imagens: DR

Redacção

Publicado às 18h39 02/06/2024 - Actualizado às 18h39 02/06/2024

Luanda - O elevado interesse do Executivo angolano em criar condições e infra-estruturas para alavancar o sector do Turismo no país, com particular destaque para a componente angolana da Área Transfronteiriça de Conservação Okavango-Zambeze (ATFC-KAZA), foi realçado sábado, em Livingstone (Zâmbia), pelo ministro Márcio Daniel.

Segundo anunciou o JA, o ministro do Turismo discursava em representação do Presidente João Lourenço, na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da ATFC-KAZA, tendo informado que o Titular do Poder Executivo tem dedicado "especial atenção” ao turismo, que representa um sector-chave na estratégia de diversificação da economia angolana.

Apontou como "sinais inequívocos” do interesse do Governo angolano em alavancar o turismo a recente medida de isenção de vistos para 98 países, a inauguração do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, com o nome do Dr. Agostinho Neto, a concessão da gestão do Corredor do Lobito e a construção de dois novos aeroportos na região angolana do Okavango, mais precisamente em Mavinga e Cazombo.

Relativamente ao Corredor do Lobito, sublinhou o facto de o mesmo ir até à região de Solwezi, na Zâmbia, num percurso de 400 quilómetros.

Sobre a componente angolana do Okavango-Zambeze, Márcio Daniel disse terem sido aprovados diversos projectos estruturantes, tendo destacado a construção dos postos fronteiriços de Dirico, Mucusso, Bwabwata e Bico de Angola, a reabilitação dos troços de estradas nacionais na região do Okavango, e a terraplanagem das vias que interligam as principais áreas de interesse turístico na região.

Para além destes projectos públicos já aprovados com um investimento previsto acima dos 350 milhões de dólares, constituem, igualmente, preocupação do Governo angolano, segundo o governante, a melhoria dos serviços de telecomunicação e do abastecimento de energia e água em zonas remotas, com enorme potencial turístico.

Márcio Daniel frisou o facto de Angola ser um país "amplamente abençoado” com recursos turísticos de nível internacional, tendo apontado o deserto do Namibe, partilhado com a Namíbia, a bacia do Okavango, com os países do KAZA, as zonas de estepes e savanas na província do Moxico, partilhado com a Zâmbia, as praias tropicais proporcionadas pelo Oceano Atlântico, e a Floresta Maiombe, partilhada com a República Democrática do Congo.

A todos estes elementos naturais, disse, juntam-se os valores culturais e a diversidade do povo angolano, a sua hospitalidade, bem como os ritmos e tradições, que "fazem de Angola um potencial destino turístico”. O ministro sublinhou, entretanto, que "nós não queremos mais ser um potencial destino turístico, queremos ser o destino turístico”.

 

Desafios para alcançar os objectivos

O ministro do Turismo afirmou que a presença da delegação angolana na Cimeira da Área Transfronteiriça de Conservação Okavango-Zambeze é o reflexo do firme engajamento de Angola de trabalhar em conjunto com todos os países membros da área para o alcance da visão e dos grandes objectivos que constam do Tratado da ATFC-KAZA, assinado em 2011, em Luanda, à margem da Cimeira da SADC.

Transcorridos mais de 12 anos desde a assinatura do Tratado, defendeu que se impõe fazer um "balanço realístico” sobre os resultados alcançados até à presente data. "Estamos conscientes que ainda temos grandes desafios para alcançar a visão e os grandes objectivos que nortearam o estabelecimento da ATFC- KAZA”, admitiu.

Contudo, afirmou que o mais importante é o espirito de união que reina no seio de todos os Estados-membros e a vontade inequívoca de continuarem a trabalhar de forma coesa para ultrapassar todos os obstáculos que têm condicionado a plena materialização da visão e objectivos da "louvável iniciativa de integração regional”.

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