ASSOCIATIVISMO
Associação de estudantes de Portugal defende integração dos colegas dos PALOP

24/06/2024 15h54
Lisboa - A Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (AEFLUL) denunciou, esta segunda-feira, os problemas e dificuldades vividas pelos estudantes oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e pediram a sua integração justa e o combate à sua marginalização.
As preocupações da associação estão expressas na moção “Por uma verdadeira integração dos estudantes PALOP”, aprovada domingo, no Encontro Nacional de Direcções Associativas (ENDA), que decorreu em Setúbal, e tornada pública pela agência Lusa.
Assente nos valores da cooperação e da solidariedade entre os povos, a moção é considerada de enorme importância, por denunciar muitos dos problemas e dificuldades vividas pelos estudantes oriundos dos PALOP.
Os problemas apontados vão do excesso de burocracias nas candidaturas de ingresso, aos atrasos a que estas levam na colocação e efectiva chegada a Portugal, à dificuldade de acesso às bolsas de estudo ou descontos, às altíssimas propinas, quer devido aos atrasos, quer ao desconhecimento da existência das mesmas, expressa o comunicado distribuído a imprensa.
Mas os problemas de integração vão mais longe e passam, também, pela falta de alojamento estudantil, sobretudo no período do verão com o fecho de residências, salienta o comunicado, que aponta ainda as dificuldades com a língua portuguesa e com as tecnologias informáticas e digitais enfrentadas pelos estudantes oriundos dos PALOP.
São ainda apontadas outras preocupações, como a falta de tempo para a vida académica e para a vida cultural e desportiva, além da necessidade de muitos terem de arranjar trabalho para continuarem os seus estudos.
Ao apelarem para soluções que levem a uma justa integração dos estudantes PALOP e a um eficaz combate à marginalização, neste encontro foi sublinhada a importância da desburocratização dos processos e da efectivação do acesso de informação sobre candidaturas a bolsas e residências.
A abertura de residências durante o verão, a garantia de cursos de português sem custos acrescidos e uma especial atenção e apoio quanto ao acompanhamento às tecnologias digitais são outros dos pontos destacados na reunião.