Diagnosticados 477 casos de cancro da próstata


Luanda - Quatrocentos e setenta e sete testaram positivo ao exame de Antigeno Prostático Específico (PSA), refere um relatório do Ministério da Saúde, citado pelo Jornal de Angola.
O resultado surge dos 3 mil 590 homens atendidos durante a primeira semana da campanha de rastreio do cancro da próstata, que decorreu em quatro províncias do país.
Os casos foram diagnosticados nos hospitais gerais de Cacuaco "Heróis de Kifangondo” e de Viana "Bispo Emílio de Carvalho”, ambos na província do Luanda, "Reverendo Guilherme Pereira Inglês”, no Bengo, "Ervanário Luís Gomes Sambo”, em Cabinda, e no Hospital Central da Huíla "Dr. António Agostinho Neto”.
De acordo com o relatório, o Hospital Geral de Cacuaco "Heróis de Kifangondo” é o que rastreou o maior número de pacientes, tendo uma média diária de 300 homens atendidos.
A directora geral, Jovita André, garantiu que todos os pacientes que obtiverem resultados positivos nas unidades onde estão a ser feitos os rastreios, serão submetidos à cirurgia robótica ou aberta, dependendo do nível da lesão tumoral.
As cirurgias robóticas, disse, começam a ser feitas nesta terça-feira no Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-pulmonares Cardeal Dom Alexandre de Nascimento, dando prioridade a alguns casos diagnosticados no Instituto Angolano de Controlo do Cancro (IACC), que se encontram em lista de espera.
Jovita André disse estar satisfeita com a adesão dos homens à campanha, o que demostra preocupação com a sua saúde.
Frisou que a campanha de rastreio vai permitir que se tenha uma panorâmica real da doença no país e, por meio disso, o Executivo, através do Ministério da Saúde, traçar outras estratégias de combate e controlo da doença a nível nacional.
A campanha de rastreio do cancro da próstata visa aumentar a consciencialização e detecção precoce da doença, pois aumenta, significativamente, as chances de tratamento bem-sucedido, reduzindo assim o número de mortes causadas pela doença.
De todos os cancros que atingem os homens, o da próstata é o mais frequente e tem a particularidade de evoluir de forma silenciosa. Na maioria dos casos, os pacientes não apresentam sintomas durante a progressão do tumor, sendo que as queixas aparecem já na fase avançada da doença.