Censo 2024 : Províncias começam a receber material na segunda-feira
Luanda - O director-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi, assegurou sexta-feira, em Luanda, que até à próxima segunda-feira, às 18h00, os técnicos vão receber todo o material do Censo, que arranca na próxima quinta-feira, sob o lema “Juntos contamos para Angola”.
DE acordo com o JA, José Calengi lembrou, no entanto, que na quarta-feira, um dia antes do início do processo censitário, haverá um último seminário de preparação. "A partir das zero horas de quinta-feira iremos começar a recolha dos dados. Em relação à planificação, começaremos com as instituições colectivas e os sem-abrigo”, disse.
Ao longo de 30 dias, disse, vai ser possível recolher os dados de todos os agregados familiares. Por isso, aconselhou, todos devem desenvolver as actividades laborais sem constrangimentos. O êxito do Censo 2024 está a ser preparado por 79.423 agentes recenseadores, que vão, a partir da meia noite de quinta-feira, fazer a recolha. "O trabalho requer algum sacrifício”, reconheceu.
Os recenseadores, garantiu, vão continuar o processo normal de formação em todo o território nacional. "Os salários e as merendas estão igualmente assegurados”, afirmou, tendo pedido aos munícipes nacionais e estrangeiros residentes a receberem com cordialidade os agentes.
"Temos noção de que o número de recenseadores enunciados não corresponde, proporcionalmente, ao número de agregados familiares existentes em Angola. Mas tudo faremos para garantir o sucesso do processo”, disse.
O Recenseamento Geral da População e Habitação, referiu, é um acontecimento importante, pois permite saber o número de habitantes, onde e como vivem.
"É preciso continuar a recordar às pessoas que todas as informações colhidas são confidenciais e vão ser tratadas na base do segredo estatístico”, frisou, acrescentando que vão ter uma linha especial de apoio aos cidadãos em caso de dúvidas.
O primeiro Recenseamento Geral da População e Habitação, realizado em Angola no período pós-independência, aconteceu há dez anos. Na altura, o país tinha mais de 25 milhões de habitantes, dos quais perto de sete milhões residiam em Luanda.
O Censo de 2014 mostrou, igualmente, que a maioria da população angolana era composta por mulheres (13,2 milhões), enquanto os homens eram 12,4 milhões. Estes dados permitiram, entre outras acções, melhorar a organização das Eleições Gerais de 2017.