Centro Agro-Ecológico no Huambo está em requalificação


Huambo - A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, disse, este domingo, que o Centro Agro-Ecológico da Chipipa, na província do Huambo, está a ser requalificado para desempenhar o seu papel social, voltado à dinamização da agricultura sustentável, com a criação estufas de plantas leguminosas, frutíferas, ornamentais e outras espécies, para distribuição às comunidades locais.
Ana Paula de Carvalho, que se encontra em visita ao Huambo, manifestou-se satisfeita com os avanços na recuperação das infra-estruturas do centro, localizado na comuna da Chipipa, município do Huambo, que se encontrava em estado de abandono, desde a sua inauguração, em 2016.
Durante a sua visita de dois dias, a ministra, acompanhada do governador provincial, Pereira Alfredo, vai avaliar o estado das principais infra-estruturas ligadas ao seu sector, com destaque para o aterro sanitário da Catenguenha, a estufa fria, o jardim botânico e o Centro de Ecologia Tropical e Alterações Climáticas (CETAC).
Adiantou que pretende ver melhorados os projectos da piscicultura virados à criação de peixe, da produção de mel, bem como da reprodução e crescimento de organismos aquáticos, que passa por trabalhar com as Escolas de Campo, para impulsionar o desenvolvimento das comunidades, com o objectivo de melhorar o meio ambiente.
Um despacho do JA Online indica que a ministra revelou terem sido alocadas meios de transporte aos centros agro-ecológico localizados nas províncias do Huambo, Namibe e Cuando.
Ana Paula de Carvalho anunciou que um trabalho conjunto vai ser desenvolvido, em coordenação com o Ministério da Agricultura e Florestas e o centro de produção de mudas da província do Bié, localizado em Catabola, que já produziu perto de cinco milhões de mudas de espécies diversas.
A ministra do Ambiente pediu mais dinamismo na prestação de serviços, desde o ponto de vista de produção de plantas, mel e criação de peixe, bem como a componente da formação técnica das associações de camponeses, visando a sua integração aos projectos em curso.
Orientou as direcções dos centros agro-ecológicos a estarem próximas das comunidades, para melhor cuidarem dos problemas das alterações climáticas, da gestão ambiental e do uso sustentável da terra.
Admitiu que a produção de mudas e a formação das comunidades ainda estão aquém dos desafios preconizados, daí a necessidade da articulação, entre o seu ministério e o da Agricultura e Florestas, para promover mudanças, para se dar mais celeridade ao processo do reflorestamento e potenciar as famílias com uma árvore de fruta, que, para além de melhorar a dieta alimentar, vai contribui na retirada do dióxido de carbono, em troca do oxigénio para um bom ambiente e protecção dos solos.
Ana Paula de Carvalho destacou que esta iniciativa tem por objectivo, não só trabalhar com as comunidades e ensinar como fazer, mas, também, serve para repovoar os polígonos florestais, bem como permitir que cada habitação venha a possuir uma árvore.
Explicou que os centros agro-ecológicos foram edificados visando fazer uma agricultura sustentável, com envolvimento das comunidades, desde a criação de plantas, legumes, produção do mel e de peixe.
Actualmente, o Governo angolano está a melhorar as infra-estruturas dos quatro centros controlados, designadamente em Cabinda, Cuando, Huambo e Namibe, para além da disponibilização de meios de transporte, para melhor prestação de serviços, num esforço conjunto com o Ministério da Agricultura e Florestas.