Parlamentares reforçam combate à violência contra a mulher


Luanda - A presidente do Grupo de Mulheres Parlamentares, Teresa da Silva Neto, destacou, esta segunda-feira, os avanços alcançados em matéria de protecção e promoção dos direitos da mulher, e reconheceu que ainda há desafios a superar.
Entre as principais conquistas, apontou a aprovação de leis que visam proteger as mulheres, incluindo legislação contra a violência doméstica, tendo realçado o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Mulheres Parlamentares na promoção de acções de sensibilização e capacitação de mulheres e meninas sobre os seus direitos, particularmente nas províncias de Benguela e Malanje.
No contexto da discussão do Orçamento Geral do Estado, Teresa Neto explicou que o parlamento tem trabalhado em articulação com os parceiros sociais, ouvindo as suas preocupações e procurando garantir que as necessidades das mulheres sejam tidas em conta, esclarece uma nota inserida no site da Assmbleia Nacional.
A deputada referiu que tem havido um esforço para assegurar que o orçamento contemple áreas fundamentais para o empoderamento feminino, como a agricultura familiar, tendo reconhecido que nem sempre os recursos são suficientes para responder a todas as necessidades.
“O nosso papel é advogar, influenciar, e sabemos que nem sempre conseguimos incluir tudo o que gostaríamos no orçamento. Mas quanto mais falamos sobre estes temas, maior é a sensibilização e, gradualmente, vemos melhorias”, sublinhou.
Teresa Neto abordou também o problema da violência na sociedade, tendo salientado que não se trata apenas de uma questão de género, recordando que “a violência afecta tanto mulheres como homens e crianças".
O mais importante é que todos nos consciencializemos sobre a necessidade do diálogo para prevenir estas situações”, acrescentou.
Enfatizou a necessidade de a sociedade angolana recuperar os seus valores de solidariedade, apelando para se evitar a indiferença, porque, lamentou, "muitas vezes, vemos um acto de violência e, em vez de intervir, preferimos filmar e divulgar. Precisamos ser mais humanos, mais solidários, como sempre fomos”.