Taxa de mortalidade neonatal em Angola reduziu


Nova Iorque - A secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, revelou, esta terça-feira, em Nova Iorque, que a taxa de mortalidade neonatal em Angola reduziu de 24 para 16 por mil nados-vivos, no período entre 2016 e 2024.
Ao intervir no debate geral da quinquagésima oitava sessão da Comissão sobre População e Desenvolvimento da ONU, que decorre de até dia 11 do corrente mês, sob o lema "Garantir vidas saudáveis e promover o bem-estar para todos, em todas as idades", adiantou que, no período em referência, o índice de mortalidade materna diminuiu cerca de 29 por cento.
Tais resultados, enfatizou, devem-se a um melhor acesso aos serviços de saúde materna e infantil, a expansão do programa de vacinação e o reforço dos serviços de saúde sexual e reprodutiva, referindo que a estrutura demográfica de Angola, com cerca de 66 por cento da sua população com menos de 25 anos, representa um conjunto de grandes oportunidades e desafios significativos.
Reafirmou o empenho do Governo angolano em transformar este potencial em progresso, através de investimentos sólidos na educação, saúde, emprego e empoderamento dos jovens e das mulheres.
Recordou que o Plano Nacional de Desenvolvimento 2023–2027 coloca o desenvolvimento do capital humano e a segurança alimentar no centro das prioridades nacionais, visando, entre outros objectivos, a redução da mortalidade infantil para menos de 50 por mil nados-vivos.
Constam ainda das metas, elevar a taxa de alfabetização para mais de 80 por cento e alargar o acesso à informação sobre saúde sexual e reprodutiva, especialmente para adolescentes e jovens.
Esmeralda Mendonça afirmou que Angola está a adoptar uma abordagem multissectorial dos problemas, integrando políticas de saúde, educação, protecção social, género e juventude, com apoio de parceiros internacionais.
Reconheceu que, apesar dos avanços alcançados no sector social, subsistem desafios, incluindo desigualdades entre as áreas urbanas e rurais, bem como a escassez de profissionais especializados em regiões remotas, tendo sublinhado que o reforço dos sistemas de dados continua a ser uma prioridade.
Saudou o apelo do Pacto do Futuro e da Cimeira do Futuro para revitalizar o multilateralismo, promover a solidariedade e acelerar a concretização da Agenda 2030, e realçou que Angola está determinada a alinhar plenamente as suas prioridades de desenvolvimento com a Agenda 2063 da União Africana e com o Programa de Acção da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento.
Apelou para a necessidade de um maior apoio técnico e financeiro aos países em desenvolvimento, em particular os africanos, para que possam concretizar plenamente os seus compromissos de desenvolvimento e desbloquear o potencial das suas populações, especialmente da juventude.
Criada pelo Conselho Económico e Social (ECOSOC) da ONU, a Comissão sobre População e Desenvolvimento visa prestar assistência em questões e tendências demográficas, integração das estratégias de população e desenvolvimento e políticas e programas de desenvolvimento relacionados com a população.