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Taxa de mortalidade neonatal em Angola reduziu

Secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça no debate na ONU
Secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça no debate na ONU Imagens: MIREX

Redacção

Publicado às 13h34 09/04/2025

Nova Iorque - A secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, revelou, esta terça-feira, em Nova Iorque, que a taxa de mortalidade neonatal em Angola reduziu de 24 para 16 por mil nados-vivos, no período entre 2016 e 2024.

Ao intervir no debate geral da quinquagésima oitava sessão da Comissão sobre População e Desenvolvimento da ONU, que decorre de até dia 11 do corrente mês, sob o lema "Garantir vidas saudáveis e promover o bem-estar para todos, em todas as idades", adiantou que, no período em referência, o índice de mortalidade materna diminuiu cerca de 29 por cento.

Tais resultados, enfatizou, devem-se a um melhor acesso aos serviços de saúde materna e infantil, a expansão do programa de vacinação e o reforço dos serviços de saúde sexual e reprodutiva, referindo que a estrutura demográfica de Angola, com cerca de 66 por cento da sua população com menos de 25 anos, representa um conjunto de grandes oportunidades e desafios significativos.

Reafirmou o empenho do Governo angolano em transformar este potencial em progresso, através de investimentos sólidos na educação, saúde, emprego e empoderamento dos jovens e das mulheres.

Recordou que o Plano Nacional de Desenvolvimento 2023–2027 coloca o desenvolvimento do capital humano e a segurança alimentar no centro das prioridades nacionais, visando, entre outros objectivos, a redução da mortalidade infantil para menos de 50 por mil nados-vivos.

Constam ainda das metas, elevar a taxa de alfabetização para mais de 80 por cento e alargar o acesso à informação sobre saúde sexual e reprodutiva, especialmente para adolescentes e jovens.

Esmeralda Mendonça afirmou que Angola está a adoptar uma abordagem multissectorial dos problemas, integrando políticas de saúde, educação, protecção social, género e juventude, com apoio de parceiros internacionais.

Reconheceu que, apesar dos avanços alcançados no sector social, subsistem desafios, incluindo desigualdades entre as áreas urbanas e rurais, bem como a escassez de profissionais especializados em regiões remotas, tendo sublinhado que o reforço dos sistemas de dados continua a ser uma prioridade.

Saudou o apelo do Pacto do Futuro e da Cimeira do Futuro para revitalizar o multilateralismo, promover a solidariedade e acelerar a concretização da Agenda 2030, e realçou que Angola está determinada a alinhar plenamente as suas prioridades de desenvolvimento com a Agenda 2063 da União Africana e com o Programa de Acção da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento. 

Apelou para a necessidade de um maior apoio técnico e financeiro aos países em desenvolvimento, em particular os africanos, para que possam concretizar plenamente os seus compromissos de desenvolvimento e desbloquear o potencial das suas populações, especialmente da juventude.

Criada pelo Conselho Económico e Social (ECOSOC) da ONU, a Comissão sobre População e Desenvolvimento visa prestar assistência em questões e tendências demográficas, integração das estratégias de população e desenvolvimento e políticas e programas de desenvolvimento relacionados com a população.

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