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Mais de um milhão de espécies em vias de extinção na bacia do Congo

Vista da floresta do Mayombe
Vista da floresta do Mayombe Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 12h26 18/04/2025

Cabinda - Mais de um milhão de espécies de animais e de plantas raras existentes nas florestas da bacia do Congo estão em vias de extinção, devido a falta de protecção e o abate indiscriminado feito por caçadores furtivos, denunciou, esta quinta-feira, em Cabinda (Angola), a embaixadora da França, Sophie Aubert.

Ao discursar na Conferência Científica Internacional sobre as Floresta da Bacia do Congo, realizada em Cabinda, a diplomata francesa acreditada em Angola adiantou que, entre os animais em vias de extinção, constam algumas espécies de chimpanzés, como os bonobos, assim como gorilas e elefantes.

Sublinhou que as florestas da bacia do Congo, incluindo a do Mayombe, em Cabinda, estão pouco protegidas e vulneráveis quanto à protecção da vida das espécies vegetais e animais, noticia o Jornal de Angola.

Disse que a floresta do Mayombe, em particular, sofre altas taxas de degradação, principalmente devido ao abundante corte das árvores e a caça furtiva.

Sophie Aubert defendeu a adopção de medidas urgentes para a protecção da floresta e das espécies nativas, para evitar o colapso geral da biodiversidade, realçando ser preciso apostar mais na formação de quadros especializados.

“Criamos o projecto One Forest Vision, com o objectivo de mapear a biodiversidade florestal e medir o carbono armazenado pelas florestas das bacias amazônicas e africanas, sobretudo a bacia do Congo que inclui a floresta do Mayombe”, revelou.

Com a iniciativa da “One Forest Vision”, frisou, têm sido estudados os avanços científicos mais modernos, combinando com a inteligência artificial, na resolução de alguns dos problemas ambientais existentes e dar respostas às questões sobre a integridade das florestas tropicais.

Assegurou que a realização da conferência científica e regional é uma grande oportunidade para saber mais sobre a floresta de Cabinda, a segunda maior do mundo, a seguir a da Amazónia”, reiterando que os resultados obtidos nos estudos da “One Forest Vision” vão permitir produzir melhores mapas da desflorestação e da produção de carbono em Mayombe.

Actualmente, o mundo não tem muitas informações sobre a floresta do Mayombe, deu a conhecer, e adiantou que a participação de Angola na conferência foi bastante importante.

A Conferência Científica Internacional sobre as Florestas da Bacia do Congo, que encerrou quarta-feira última, abordou, durante dois dias, temas ligados as experiências regionais de gestão florestal na bacia do Congo.

Sob o lema “Preservação da Biodiversidade e Combate à Desflorestação”, a conferência contou com a participação de peritos de Angola, Congo, República Democrática do Congo, França, Gabão e Portugal.

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