Brasil disponibiliza 10 mil bolsas de estudo para jovens angolanos até 2035


Luanda - Cerca de 10 mil bolsas de estudo serão disponibilizadas por universidades brasileiras a jovens angolanos, no quadro de um projecto educacional que se vai estender até 2035, em diferentes níveis e áreas de formação.
Segundo dados revelados, esta quinta-feira, em Luanda, pelo secretário-geral do Fórum Internacional de Jovens com as Embaixadas (FIJE), Gaspar da Silva, ao Jornal de Angola, o programa prevê o envio anual de mil estudantes angolanos durante 10 anos, totalizando os 10 mil beneficiários, até 2035.
As bolsas, sublinhou, abrangem formações técnico-profissionais, equivalentes ao ensino médio em Angola, licenciaturas, pós-graduações, mestrados e MBA e conta com o patrocínio da “Learn Grupo Education”, um conglomerado educacional brasileiro que integra oito instituições de ensino superior.
De acordo com Gaspar da Silva, para o nível de licenciatura, o candidato deve ter entre 18 e 25 anos, enquanto para os cursos de pós-graduação, mestrado e MBA, não há restrição etária, sendo apenas exigido o cumprimento dos critérios académicos.
“Os cursos de Administração e Ciências de Contabilidade têm a duração de 48 meses lectivos, enquanto o de Direito se estende por 60 meses”, sublinhou.
Deu a conhecer que, quanto ao alojamento dos estudantes em território brasileiro, os custos serão repartidos, sendo 80 por cento do valor coberto pelas instituições envolvidas (FIJE e Learn Grupo Education) e 20 por cento da responsabilidade do bolseiro.
Durante o período de formação, adiantou, os pais dos estudantes deverão enviar mensalmente um valor de 100 mil kwanzas, que será creditado directamente na conta bancária do bolseiro.
“Após os primeiros quatro meses de permanência no Brasil, os estudantes legalizados passam a beneficiar de um subsídio governamental mensal de 600 reais (equivalente a cerca de 100 mil kwanzas), que também será depositado na conta do beneficiário”, assegurou.
A comparticipação dos 20 por cento dos estudantes destinam-se ao pagamento de despesas com alimentação, transporte, internet e o alojamento, que será partilhado entre dois a quatro estudantes por quarto.
Gaspar da Silva disse que o projecto é fruto de uma parceria com os ministérios da Juventude e Desportos e das Relações Exteriores.