Ministra do Ambiente destaca transição energética em Angola


Luanda - A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, destacou, esta quinta-feira, em Luanda, o processo de transição energética, em curso em Angola, que está a levar o país a sair da iluminação de fontes térmicas para as hídricas e solares.
Falando no encerramento da reunião do Comité Executivo da Comissão Nacional para Alterações Climáticas e Biodiversidade, sublinhou as acções desenvolvidas por Angola, no quadro do seu contributo na diminuição da emissão dos gases com efeito de estufa.
Ressaltou que a gestão dos resíduos também concorre para as acções que visam diminuir o volume de emissão de gases com efeito de estufas na natureza, apesar de em Angola ainda ser feita de forma tímida.
Nesta altura, salientou, seria necessário que o país deixasse de falar em aterros sanitários e aumentar a capacidade de reciclagem dos resíduos, antes de chegarem aos actuais aterros, tendo apelado a população a separar os resíduos secos dos húmidos para facilitar a reciclagem, reutilização e depósito, em locais próprios.
Por outro lado, o Ministério do Ambiente trabalha na aprovação e implementação de um projecto de Decreto Presidencial sobre a Estratégia Nacional da Biodiversidade e o seu Plano de Acção, para o período 2025-2030.
O facto foi revelado pelo secretário de Estado para Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Nascimento Soares, ao apresentar o ponto de situação das estratégias nacionais para as Alterações Climáticas (ENAC 2022-2035) e da Biodiversidade (2025-2030), durante a reunião do Comité Executivo.
Esclareceu que o documento está em fase de revisão, no Gabinete Jurídico e Intercâmbio do seu Ministério, adiantando que a criação da estratégia representa o compromisso de Angola com a conservação e uso sustentável da biodiversidade nacional e estabelece metas e acções prioritárias alinhadas com os objectivos globais da convenção sobre diversidade biológica.
Revelou estar em fase de criação o Fundo Climático Nacional, iniciativa que visa mobilizar e gerir recursos financeiros destinados a projectos de mitigação e adaptação às alterações climáticas, em Angola, canalizando investimentos nacionais e internacionais para acções prioritárias identificadas na Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas.
No decurso da reunião do Comité Executivo da Comissão Nacional para Alterações Climáticas e Biodiversidade, a directora nacional para Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Cecília Silva Bernardo, defendeu a inserção de uma disciplina sobre alterações climáticas na grelha curricular do ensino superior nacional.
Defendeu a necessidade de haver mais pessoas formadas na matéria, tendo informado que decorrem trabalhos técnicos, coordenados com o sector do ensino superior, para o efeito.