Universidades angolanas terão apoio de congénere americana


Luanda - As Universidades Agostinho Neto (UAN), Católica de Angola (UCAN) e Óscar Ribas (UÓR) foram seleccionadas para trabalhar em estreita colaboração com a Universidade Carnegie Mello, dos Estados Unidos da América (EUA), nos domínios da Tecnologia, principalmente na Inteligência Artificial, bem como na Matemática e Engenharia, noticiou o JA Online.
A informação foi prestada, quinta-feira, em Luanda, pelo presidente da Câmara de Comércio Angola-EUA. Pedro Godinho, após uma audiência que lhe foi concedida pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, acrescentando que a Universidade Carnegie Mellon, sediada na Pensilvânia, manifestou todo o interesse em trabalhar com as três instituições universitárias angolanas para a troca de conhecimento nas Tecnologias, sobretudo no domínio da Inteligência Artificial.
Segundo o presidente da Câmara de Comércio Angola-EUA, uma visita sua de 45 dias aos Estados Unidos, entre Novembro e Dezembro do ano passado, permitiu mobilizar universidades americanas para trabalhar com a UAN, UCAN e UÓR.
Longe de ter assumido apenas o compromisso de interagir com as três universidades angolanas, a Carnegie Mellon assinou já, em Março deste ano, um protocolo que permite fazer parte de uma rede internacional para o desenvolvimento de competências, em áreas que acharem pertinentes, informou.
No encontro com a Vice-Presidente da República, Pedro Godinho esclareceu que, além da Carnegie Mellon, outras universidades norte-americanas estão dispostas a estabelecer parcerias com congéneres angolanas, com vista ao desenvolvimento tecnológico do país.
Sem avançar dados, disse que a implementação dos trabalhos com as três instituições universitárias do país depende de uma tomada de decisão por parte do Executivo, sendo que “do lado da Carnegie Mellon está tudo preparado”.
“Fomos capazes de mobilizar duas universidades norte-americanas para poderem vir para Angola fazer a avaliação no sentido de começar a estudar a possibilidade de se estabelecer no país, porque nenhum país se desenvolve sem conhecimento, e os Estados Unidos são uma potência académica”, ressaltou o presidente da Câmara de Comércio Angola-EUA.
Ensino da língua inglesa
Um outro assunto abordado no encontro entre a Vice-Presidente da República e o presidente da Câmara de Comércio Angola-EUA, é o ensino da língua inglesa nos subsistemas de ensino do país.
O Ministério da Educação, segundo Pedro Godinho, apresentou uma proposta que já está a ser avaliada, com o objectivo de estruturar o currículo da língua inglesa, com vista a conformá-lo e elevá-lo ao plano curricular que se pratica a nível mundial.
“Quer com isso dizer que os padrões que futuramente poderiam ser seguidos no país, caso o acordo seja assinado, vai ter um padrão de ensino da língua inglesa internacional, começando com a formação de professores”.
Elisa Gaspar e Maria Manuel também foram recebidas
Ainda no mesmo dia, a Vice-Presidente da República recebeu, em audiências, a bastonária da Ordem dos Médicos de Angola (OMA), Elisa Gaspar, e a promotora do Projecto “Avança Mulher”, Maria Manuel, com quem abordou aspectos de natureza filantrópica.
Elisa Gaspar disse ter ido ao encontro da Vice-Presidente da República para apresentar a sua obra literária sobre a resiliência das mulheres angolanas, editada e apresentada em Março, em São Paulo, Brasil.
A obra, segundo a bastonária da Ordem dos Médicos, mostra as dificuldades de todas as mulheres no mundo, retratando as suas dificuldades, superação e resiliência, desde o início das suas carreiras até atingirem o topo.
Além da apresentação da obra literária, frisou, o encontro serviu para analisar a situação do Banco de Leite Materno instalado na Maternidade Lucrécia Paim, cujo objectivo é dar leite materno a lactentes em situação de risco.
Por sua vez, a promotora do Projecto Avança Mulher esteve com a Vice-Presidente da República para apresentar o Prémio Doutor Honoris Causa que recebeu, em Dezembro de 2024, em Espanha, pela sua dedicação às crianças e aos mais vulneráveis.