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ACNUR vai encerrar escritórios em Angola devido a redução de financiamentos

Refugiados
Refugiados Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h26 27/05/2025 - Actualizado às 12h29 27/05/2025

Luanda - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) vai encerrar os seus escritórios em Angola, a partir do último trimestre deste ano, devido à escassez de fundos, causada pela redução de doações e financiamentos, noticiou o Jornal de Angola.

 A informação foi prestada segunda-feira, no Dundo, província da Lunda-Norte, pela representante do ACNUR em Angola, Emmanuelle Mitte, acompanhada do embaixador do Reino Unido, Baharat Joshi, e representantes das embaixadas da China e França, durante um encontro com o vice-governador para o sector Social, Político e Económico da Lunda-Norte, Frederico Barroso.

Esclareceu que o encerramento dos escritórios do ACNUR em Angola, propriamente nas províncias de Luanda e na Lunda-Norte, se deve à conjuntura global de limitações financeiras, afectando significativamente as acções da instituição no tocante à assistência aos refugiados e ao seu funcionamento integral.

Assegurou que o encerramento dos escritórios não condicionará o apoio do ACNUR ao Governo angolano referente à assistência aos mais de 56 mil refugiados no país.

Indicou que está prevista a abertura de um escritório na África do Sul para supervisionar as actividades do ACNUR em Angola.

Acrescentou que estão, igualmente, a ser mobilizados alguns fundos para se criar um pequeno escritório em Angola com dois oficiais nacionais, após o encerramento dos actuais no último trimestre deste ano.

Por outro lado, informou que as embaixadas do Reino Unido, França e China fazem parte da delegação em visita à Lunda-Norte para se inteirar da actual situação dos refugiados assentados no Lóvua e posteriormente definir-se fundos para a sua assistência.

Actualmente, o assentamento do Lóvua controla mais de seis mil refugiados, dos 35 mil da República Democrática do Congo (RDC), que em Maio de 2017 procuraram abrigo e segurança em Angola, fugindo de actos de violência na zona do Kasai, uma crise que levou à declaração de uma situação de emergência.

Em Angola, o ACNUR controla um total de 56 mil refugiados de diversas nacionalidades, maioritariamente da RDC.

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