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Angola preparada para contribuir na preservação dos glaciares

Ana Paula de Carvalho, ministra do Ambiente
Ana Paula de Carvalho, ministra do Ambiente Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 12h17 01/06/2025

Luanda - A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, afirmou que Angola está preparada para contribuir, aprender e cooperar na preservação dos glaciares, apesar de não possuir este tipo de formações naturais no seu território.

Numa declaração feita na plenária de abertura da Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Preservação dos Glaciares, na cidade de Dushanbe (Tajiquistão), Ana Paula de Carvalho reafirmou o compromisso de Angola com a acção climática global, alinhando as suas políticas ao Acordo de Paris.

Sublinhou que a Estratégia Nacional de Angola sobre as Alterações Climáticas (ENAC), para o período 2022–2035, estabelece um roteiro ambicioso para mitigar as emissões e adaptar o país aos impactos climáticos, incluindo fenómenos extremos como secas e cheias.

Recordou que, embora Angola não tenha glaciares, reconhece os efeitos profundos do seu degelo no nível do mar, nas correntes atmosféricas e oceânicas e nos padrões de precipitação, pelo que se une a plataforma internacional em "espírito de solidariedade climática e responsabilidade partilhada".

Defendeu o reforço da diplomacia climática e hídrica, apelando a uma acção multilateral robusta que inclua financiamento justo, transferência de tecnologia e capacitação institucional.

Ana Paula de Carvalho destacou que a realização da conferência representa a defesa da vida, da dignidade e do futuro das gerações vindouras.

Por seu lado, o embaixador de Angola na Federação Russa, Augusto da Silva Cunha, reforçou a necessidade de cooperação multilateral e diplomacia hídrica para enfrentar os efeitos da crise climática.

Falando na mesma conferência, reiterou que Angola, embora país tropical e sem glaciares, sofre as consequências do seu degelo, e recordou que África possui apenas três glaciares, cobrindo cerca de 10 quilómetros quadrados de território.

“O degelo tem implicações directas para o clima global, regimes de precipitação, segurança hídrica e alimentar”, sublinhou, defendendo a necessidade de gestão sustentável da água e a importância da sua monitorização científica.

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