Sociedade

Sociedade


PUBLICIDADE

Combate ao plástico deve ser medida urgente - ministra do Ambiente

Empresa de transformação de plástico aposta em matéria-prima local
Empresa de transformação de plástico aposta em matéria-prima local Imagens: DR

Redacção

Publicado às 11h00 06/06/2025

Luanda - A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, disse, esta quinta-feira, em Luanda, que o combate a poluição plástica é um desafio que se impõe como urgência ambiental.

Ao discursar na abertura da segunda Conferência Nacional sobre Estado do Saneamento em Angola (ANGOLASAN2), adiantou que o combate ao plástico se justifica em defesa da saúde humana e do futuro sustentável de Angola.

Sublinhou que o micro plástico, no mundo, já foi detectado em peixes, sal, água potável e no sangue humano, enfatizando que a realização da conferência visa promover uma viragem das condutas e um momento de avaliação sobre o que precisa ser transformado.

Destacou a necessidade de uma estratégia nacional de combate a poluição plástica, com metas claras e prazos definidos, adoptando-se um mecanismo eficaz de gestão e de reciclagem, em todo o território nacional.

Considerou ser oportuna uma parceria estratégica com o sector privado e a comunidade internacional, para fomentar a economia circular, recordando que a educação ambiental deve começar na família, com atenção especial a mulher e a criança em zonas urbanas, peri-urbanas e rurais, assim como as escolas.

Salientou que o combate à poluição de plástico é uma oportunidade de transformação, inovação e geradora de emprego e serve para impulsionar novos modelos de negócio, com vista ao reforço da cidadania ecológica e criação de uma Angola mais limpa e mais viva.

Por sua vez, o secretário de Estado das Águas, António Fernandes da Costa, defendeu que o seu sector está preparado para contribuir na melhoria do acesso das populações aos serviços essenciais de saneamento básico.

Ressaltou que esta é uma condição indispensável para o desenvolvimento sustentável do país, por estar directamente ligada a saúde pública, bem-estar das comunidades e prosperidade nacional.

Sublinhou que o saneamento exige uma abordagem integrada de soluções simples e adaptadas às zonas de difícil acesso, assim como a adopção de sistemas tecnologicamente avançados para áreas de densa população.

Revelou que está em elaboração a Estratégia Nacional de Saneamento e de projectos das cidades costeiras, visando proteger ecossistemas sensíveis com sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais e o saneamento inclusivo nas províncias do Uíge e de Malanje.

Segundo o secretário de Estado está ainda em curso o reforço da capacitação técnica, com destaque para os centros de formação em reestruturação, onde se prevê a formação de quadros ligados ao abastecimento de águas e ao saneamento.

O evento acontece em celebração do Dia Internacional do Ambiente, 5 de Junho, com foco na reflexão multissectorial e multidisciplinar sobre o saneamento em Angola.

Conta com a participação activa de vários sectores como da saúde, energia e águas e dos governos provinciais que durante o dia de hoje vão apresentar passos estratégicos e práticos para serem desenvolvidos a curto, médio e longo prazo.

Tem como a finalidade desenvolver com sucesso programas sustentáveis de base comunitária e acções que contribuam para redução efectiva da pobreza, garantir a melhoria dos indicadores ambientais e sociais da população.

A conferência dá particular destaque para o maior acesso à água potável e saneamento básico entre outras melhorias, com uma discussão aberta sobre o estado do saneamento e higiene em Angola.

PUBLICIDADE