Luanda - A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, garantiu, esta sexta-feira, em Luanda, que o Executivo está fortemente empenhado em eliminar as desigualdades estruturais que dificultam o acesso das mulheres à educação, ao crédito, às comunidades económicas e ao mercado de trabalho.

Ao discursar na abertura da Conferência Internacional sobre a Mulher, Esperança da Costa reiterou o compromisso do Executivo no combate a todas as formas de violência e discriminação contra a mulher, promovendo o acesso ao ensino de qualidade, ao crédito, à terra, na luta contra o patriarcado e no envolvimento activo da família e das comunidades.

“Estamos determinados a ultrapassar as barreiras que ainda limitam o acesso da mulher ao empoderamento justo. É um caminho colectivo, partilhado pelo Executivo, pelas comunidades e pelas próprias mulheres que estão na linha da frente da construção de um futuro próspero para todos”, sublinhou.

Na sua intervenção, Esperança da Costa destacou o papel central das heroínas na história do país, tanto na luta de libertação nacional, quanto na consolidação da reconciliação, da unidade e da estabilidade, destacando todas as mulheres "que prestaram e ainda prestam o seu grande contributo, quer para a reconciliação nacional, quer para a paz, estabilidade, coesão e unidade, sendo protagonistas do desenvolvimento económico para a prosperidade de todos os angolanos”.

Esperança da Costa apelou a união e parceria, considerando a realização da conferência, promovida pela Organização da Mulher Angolana (OMA) um momento importante para reforçar o caminho da mulher angolana na história do país. 

Por seu lado, a Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, discursou no painel “Empoderamento Político e Económico das Mulheres ao Longo dos 50 Anos da Independência Nacional”, afirmou que o caminho para o empoderamento das mulheres passa pelo acesso ao ensino, ao crédito e pelo combate às desigualdades de género.

Ana Dias Lourenço apontou o caminho histórico que as mulheres tentam trilhar, ao longo das últimas cinco décadas, com histórias de conquistas, sacrifícios e resistência, dando ao país algumas das suas mais emblemáticas lideranças femininas.

“Eu vejo nas mulheres o futuro de Angola. Quando empoderamos uma mulher, não a capacitamos apenas para trabalhar, mas para fazer a diferença na família, na empresa, na comunidade e no próprio destino do nosso país”, disse Ana Dias Lourenço.

A Conferência Internacional da Mulher, promovida pela OMA, decorreu sob o lema “Mulheres cruzando fronteiras – suas histórias e sonhos”, visando reflectir sobre o papel feminino no processo de independência, na consolidação da paz e no desenvolvimento do país.

O evento, com mais de 300 participantes em formato presencial e online, contou com a presença de representantes de países africanos lusófonos num espaço inclusivo de partilha de experiências, boas práticas e inspiração intergeracional.