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Vandalismo e pilhagens marcam primeiro dia da greve dos taxistas em Luanda

Vandalismo e pilhagens marcam primeiro dia da greve dos taxistas de Luanda
Vandalismo e pilhagens marcam primeiro dia da greve dos taxistas de Luanda Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 10h40 29/07/2025 - Actualizado às 10h40 29/07/2025

Luanda - Mais de 100 cidadãos suspeitos foram detidos pela Polícia Nacional, esta segunda-feira, em Luanda, na sequência dos actos de vandalismo, pilhagens e destruição de bens públicos, armazéns comerciais e lojas.

De acordo com o porta-voz da Polícia Nacional, Mateus Rodrigues, a situação actualmente é estável, com os principais focos controlados, na sequência das medidas tomadas pelas forças de defesa e segurança.

Adiantou que alguns bens resultantes das pilhagens já foram recuperados, revelando que pelo menos 20 autocarros públicos foram vandalizados 20 autocarros públicos, não havendo dados dos meios privados também afectados.

Actos de arruaça com queima de pneus na via pública, barricadas, invasão de lojas, retirada de passageiros no interior dos táxis, obrigando-os a circular a pé, foram acções protagonizadas, na sequência da suspensão dos serviços de transporte por parte das associações de taxistas, com duração de três dias.

Esta segunda-feira, actos de vandalismo de bens públicos, pilhagens e destruição de armazéns comerciais, lojas fechadas e desordem marcaram o primeiro dia da greve dos taxistas, convocada para reclamar do aumento do preço do gasóleo, que custa agora 400 kwanzas por litro.

A Polícia Nacional mantém reforçadas as medidas de segurança em toda a extensão da província de Luanda, visando garantir a ordem pública e salvaguardar a segurança dos cidadãos e do património, noticiou a Rádio Nacional de Angola.

Segunda-feira, houve queima de pneus, arremesso de pedras contra alvos fixos e em movimento, destruição de contentores de lixo em muitas vias de circulação.

Governo Provincial de Luanda manifesta elevada preocupação com actos de vandalismo

O Governo Provincial de Luanda manifestou elevada preocupação com os distúrbios e actos de vandalismo causados durante a paralisação forçada da actividade de táxi.

Num comunicado tornado público, segunda-feira, o Governo Provincial de Luanda dá conta que acompanha, com elevada preocupação, os acontecimentos registados, em diversos pontos da província, caracterizados por distúrbios e actos de vandalismo associados à paralisação forçada da actividade de táxi.

Esclarece que as principais associações e cooperativas de táxi, que inicialmente haviam anunciado uma greve, cancelaram oficialmente a paralisação durante o fim-de-semana, no quadro de um esforço de diálogo com as autoridades, com vista à resolução dos pontos de reivindicação apresentados.

Lamenta que, nas últimas horas, grupos de indivíduos não identificados e sem legitimidade representativa da classe dos taxistas voltaram a convocar acções de paralisação, promovendo actos de intimidação e violência, com agressões a viaturas que circulam pela via pública, incluindo as que não prestam serviço de táxi.

O Governo Provincial de Luanda condena com veemência todos os actos de vandalismo, agressões a trabalhadores, destruição de bens públicos e privados, assim como qualquer forma de coacção sobre cidadãos que desejam exercer livremente as suas actividades, lê-se no comunicado.

Reitera que a protecção da vida, da liberdade e da integridade física e patrimonial das pessoas constitui uma prioridade do Estado, motivo pelo qual as forças da ordem pública se encontram activamente no terreno, com o objectivo de restabelecer a ordem e garantir a segurança de todos os cidadãos.

Apela a população de Luanda, em particular os operadores de táxi e demais profissionais dos transportes, para que mantenham a serenidade, civismo e confiança nas instituições públicas, evitando a adesão a acções de carácter violento e destrutivo.

MPLA condena acções de vandalismo 

Por seu lado, o Bureau Político do MPLA condenou as acções de vandalismo registadas em diferentes pontos de Luanda, que causaram enormes prejuízos materiais ao Estado, às famílias e às empresas, além de comprometer a ordem, segurança, tranquilidade pública e o bem-estar da população.

No seu comunicado de imprensa, o Bureau Político do MPLA manifesta "a sua mais veemente condenação às acções de vandalismo registadas em diferentes localidades da província de Luanda", e reforça o compromisso do partido com a paz, estabilidade e desenvolvimento de Angola.

Ao lamentar e condenar "energicamente todo e qualquer acto que possa colocar em risco a ordem e segurança públicas", o Bureau Político ressalta que a violência e o vandalismo não representam os valores e princípios do MPLA como partido responsável e comprometido com a causa do Povo, nem os princípios e valores que este mesmo povo sempre defendeu".

Denuncia que as acções de vandalismo "visam, de forma deliberada, manchar e dificultar a celebração, com júbilo, dos 50 anos da Proclamação da Independência Nacional, num momento histórico de orgulho e unidade para todos os angolanos", reiterando que "tais actos anti-patrióticos atentam profundamente contra os valores de unidade, reconciliação, paz e progresso".

O Bureau Político exorta os jovens angolanos a não se deixarem manipular por grupos, movimentos ou indivíduos que incitem a violência e o vandalismo, apelando as autoridades competentes para que intensifiquem as acções de investigação e punição aos responsáveis morais e materiais por estes actos e que a justiça seja feita de forma célere e eficaz.

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