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Autorizada retoma da actividade de caça 18 anos depois da suspensão

Anunciada oficialmente retoma da actividade de caça desportiva no país
Anunciada oficialmente retoma da actividade de caça desportiva no país Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 08h32 06/08/2025 - Actualizado às 08h32 06/08/2025

Luanda – O Ministério da Agricultura e Florestas autorizou a retoma da actividade de caça em Angola, este ano, depois de cerca de 18 anos de suspensão, para permitir o reagrupamento e a multiplicação da população animal e a criação de condições para uma gestão eficiente e sustentável da fauna.

Sob o lema “Educar para uma caça consciente e selectiva, para proteger as espécies e garantir o desenvolvimento sustentável da fauna”, a época de caça vai decorrer de 01 de Agosto a 31 de Dezembro de cada ano, período em que as condições naturais e ecológicas permitem desenvolver a actividade, indica o Ministério da Agricultura e Florestas.

De acordo com o secretário de Estado para as Florestas, João Bartolomeu da Cunha, que procedeu a abertura oficial da época de caça 2025, o período definido vai permitir minimizar os riscos de sobrevivência e sustentabilidade da vida selvagem no país.

A cerimónia de abertura oficial da época de caça 2025 decorreu, sexta-feira última, numa fazenda pecuária, localizada no município da Baia Farta, província de Benguela.

João Bartolomeu da Cunha sublinhou que, ao autorizar a retoma da actividade, o seu ministério está a cumprir as normas estabelecidas no Decreto Presidencial 222/18, de 25 de Outubro, que aprova o Regulamento de Caça e Gestão Sustentável da Fauna.

Segundo o secretário de Estado para as Florestas, estão criadas todas as condições para uma caça mais sustentável, no quadro da diversificação da economia e geração de empregos, permitindo que Angola possa ombrear com outros países da região Austral de África, em questões relacionadas com o turismo de caça.

Defendeu a necessidade de obtenção do instrumento jurídico que vai orientar o exercício da caça e o aproveitamento dos recursos faunísticos, contendo as normas para a sua protecção e conservação, tendo em atenção a dimensão social, cultural, económica e ambiental do pais.

João Bartolomeu da Cunha apelou aos governos provinciais e a Associação dos Caçadores de Angola a ajudarem na divulgação do regulamento de caça.

Por seu turno, o presidente da Associação dos Caçadores, Mário Rui Ribeiro, mostrou-se satisfeito com a decisão do Governo, depois de se ter trabalhado conjuntamente, durante vários anos, para a conformação legal da caça em Angola.

O vice-governador provincial de Benguela, Adilson Gonçalves, disse que a retoma da actividade de caça constitui uma oportunidade para o fomento do turismo, no que toca à caça desportiva de forma organizada.

Na cerimónia, foram atribuídas as primeiras licenças a dez associados e ao presidente da Associação dos Caçadores, assim como foram entregues certificados provisórios a algumas fazendas de pecuarização autorizadas a praticar caça desportiva e outras de maneira sustentável.

Todo o processo preparatório que antecedeu a autorização de retoma da caça em Angola foi desenvolvido por técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) e da Direcção Nacional de Florestas, com a colaboração da Agência Nacional para a Gestão da Região do Okavango (ANAGERO), do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC) e do Ministério do Interior.

Angola contou também com apoio técnico de consultores da Conservation Force, uma fundação pública dos Estados Unidos da América que se dedica à conservação da vida selvagem, educação, pesquisa e serviço público, com a qual o IDF tem rubricado um Memorando de Entendimento para o Desenvolvimento da Caça e Gestão Sustentável da Vida Selvagem.

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