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Dois cidadãos russos e dois angolanos em prisão preventiva por associação criminosa

Meios de prova apreendidos aos cidadãos presos preventivamente
Meios de prova apreendidos aos cidadãos presos preventivamente Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 11h22 14/08/2025

Luanda – O Serviço de Investigação Criminal (SIC) apresentou, esta quarta-feira, em Luanda, os dois cidadãos russos detidos recentemente, sob acusação de associação criminosa, introdução ilícita de moeda estrangeira, falsificação de documentos e financiamento ao terrorismo.

Trata-se dos cidadãos Igor Racthin, de 38 anos de idade, e Lev Lakshtanov, de 64 anos, que estão em prisão preventiva, decretada por um juiz de garantias..

O SIC apresentou igualmente dois cidadãos angolanos, designadamente Emiliano Carlos Tomé, de 38 anos de idade, e Oliveira Francisco, de 32 anos, envolvidos no mesmo processo, a quem lhes foi também imposta a medida de prisão preventiva.

Em declarações à imprensa, o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, revelou que a medida de coacção prisão preventiva foi decretada por um juiz de garantias, depois de cumpridas todas as formalidades legais junto do Ministério Público.

Salientou que foi restituída a liberdade o cidadão angolano Caetano Agostinho Muhongo Capitão, de 58 anos, mediante termo de identidade e residência.

Disse que após a detenção dos cidadãos estrangeiros, o Ministério do Interior já levou ao conhecimento do Ministério das Relações Exteriores, para comunicar a Embaixada da Federação da Rússia em Angola.

Adiantou que as investigações do SIC determinaram que os cidadãos russos são operacionais da organização África Politology que, entre várias missões, promove campanhas de desinformação, manipulação da media local e infiltração em processos políticos, sobretudo no fomento da subversão.

Manuel Halaiwa revelou que os referidos cidadãos estrangeiros entregaram avultadas somas de dinheiro, em moeda nacional e estrangeira, a jornalistas, políticos, representantes de associações profissionais e produtores de conteúdos digitais, para dar suporte à sua acção.

“A África Politology não actua apenas com propaganda digital e notícias falsas, mas também financia manifestações encenadas, corrompe jornalistas locais e molda narrativa pública, a favor dos seus interesses estratégicos”, enfatizou o porta-voz do SIC.

Deu a conhecer que foram apreendidos vários meios, como computadores, pen drives, cartões SIM, telemóveis, documentos codificados e somas avultadas em moeda nacional e estrangeira.

Salientou que, com a detenção dos cidadãos, o SIC frustrou várias manifestações agendadas para as províncias de Luanda e de Benguela, adiantando que a instituição prossegue as investigações, para a detenção de outros suspeitos e o esclarecimento total dos crimes.

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