POLIOMIELITE
Cerca de 6,8 milhões de crianças estão a ser vacinadas contra a poliomielite
16/08/2025 12h42
Luanda – Cerca de 6,8 milhões de crianças menores de cinco anos estão a ser vacinadas emAngola, desde sexta-feira última, contra a poliomielite.
A campanha de vacinação foi aberta no município do Camama, em Luanda, pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Pinto de Sousa, que afirmou que a mesma faz parte dos esforços de Angola, no âmbito da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, que o país aderiu, em 1988.
Esclareceu que Angola já realizou mais de 60 campanhas de vacinação, que permitiram eliminar o poliovírus selvagem, em 2011, confirmada oficialmente, em 2015.
Sublinhou que a actual campanha constitui um compromisso com o futuro das crianças angolanas, reconhecendo que, no corrente não, foram confirmados no país 14 casos da variante do tipo 2, situação que exige o reforço da vacinação.
Enfatizou que, em face desta nova ameaça, o Ministério da Saúde planificou duas rondas de vacinação nacionais, sendo a primeira a decorrer de 15 a 17 do corrente mês, e a segunda de 05 a 07 de Setembro próximo, abrangendo os 326 municípios de Angola.
Deu a conhecer que está projectada a imunização de seis milhões 852 mil 372 crianças, numa campanha que vai contar o envolvimento de 15 mil 389 equipas de vacinação, sob supervisão de três mil 974 técnicos.
Apelou toda a sociedade, incluindo autoridades tradicionais e religiosas, líderes comunitários, igrejas e associações juvenis, a colaborarem para o sucesso da campanha.
Salientou que, mesmo que a criança já tenha sido vacinada antes, é importante que receba doses adicionais para fortalecer a sua protecção e imunidade.
Revelou que, para além da vacina contra a poliomielite, o Ministério da Saúde tem disponíveis outras 10 vacinas de rotina gratuitas que protegem as crianças contra 13 doenças graves.
Na cerimónia de lançamento da campanha, o representante do escritório da Organização das Nações Unidas (ONU), Hege Wagan, elogiou o compromisso do Governo de Angola na aposta pela erradicação da doença, sublinhando que as autoridades angolanas podem contar com o envolvimento do Sistema das NaçõesUnidas, particularmente a OMS e o UNICEF.